“A falta de logística adequada encarece a produção do agricultor mato-grossense”, alerta o empresário Paulo Freitas, mais conhecido como Paulo Agroverde. “A precariedade das vias de escoamento exige 25 sacas de soja para pagamento de frete para escoar uma tonelada de soja”, informa.
O agronegócio mato-grossense também enfrenta a falta de caminhões. Aliado à precariedade das estradas e reajuste do pedágio no Paraná e em São Paulo, o frete a partir de Mato Grosso é um dos mais caros do mundo. A partir de Rondonópolis até o porto de Santos, por exemplo, um caminhão carregado de soja paga R$ 1.095,50 de pedágio. São 42 sacas por carga ou R$ 2 a saca, a cada viagem. No caso do milho o quadro é pior, subindo para 50 sacas. “Sem contar que o frete sofre reajustes anuais em torno de 25%”, emenda Paulo Agroverde.
A construção da Ferrovia Centro-Oeste em Mato Grosso anunciada em março pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), passando por Lucas de Rio Verde, ajudará a minimizar esses custos e fará com que o Estado deixe de perder cerca de R$ 1 bilhão por ano para escoar a produção de soja. “É dinheiro que poderá ficar aqui e gerar investimentos em Mato Grosso”, afirma Paulo. A Ferrovia Centro-Oeste cortará 15 municípios do Estado e tem o projeto previsto para ligar Uruaçu (GO) a Vilhena (TO).
O Brasil, segundo Paulo, corre o risco de paralisar devido à possibilidade de um apagão logístico. “O problema é crônico pela nossa dependência do transporte rodoviário e à falta de integração intermodal”, aponta. Nos Estados Unidos, o transporte ferroviário movimenta 38% das cargas, o hidroviário 36% e o rodoviário 26%. No Brasil, 67% das safras escoam por rodovias, 22% por ferrovias e apenas 11% por hidrovias.
O empresário de Sorriso alerta para medidas urgentes para a melhoria da situação da logística de transporte, que apresenta rodovias em más condições, ferrovias mal utilizadas e falta de investimentos na modernização de portos. Investimentos nas BRs 163, 364 e 158, na região do Araguaia, também são ações necessárias. “Nossos políticos precisam cobrar providências imediatas do governo federal”, exige.
Para Paulo Agroverde, a falta de infra-estrutura para escoar a produção é mais um dos problemas decorrentes da falta de valorização do setor agropecuário nacional. “O produtor enfrenta desde insumos caros, juros altos, tributos excessivos, falta política de preços mínimos, clima variável e ataques de grupos organizados às propriedades, até leis ambientais distorcidas”, acrescenta.
O anúncio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de um recorde de 144 milhões de toneladas na safra 2009/2010 – sendo 67,57 milhões de toneladas apenas de soja – deve agravar a situação já caótica da logística regional. As rodovias são as mesmas há 40 anos e os caminhões disponíveis insuficientes para transportar a safra.
“A maior concentração de soja está em Mato Grosso, com estimativa de produção de 18,9 milhões de tonelada, e o produtor do Estado devem enfrentar mais um ano de dificuldade para escoar toda a produção que acaba de ser colhida e abarrota os armazéns, que também são em número muito aquém da necessidade”, prevê Paulo Agroverde.
Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostram que a perda do produtor devido à logística precária chega a R$ 6 bilhões ao ano. De acordo com a entidade, 2,6 milhões de toneladas de alimentos são perdidas no processo de escoamento, principalmente no transporte da propriedade rural aos portos.
“A logística nacional para o escoamento da produção é lastimável. E Mato Grosso é o Estado que mais sofre com o problema de logística, por ser um dos maiores produtores do país e estar mais longe dos portos”, conclui o empresário de Sorriso.
Fonte: Blog do Domingo Martim Jr.
O agronegócio mato-grossense também enfrenta a falta de caminhões. Aliado à precariedade das estradas e reajuste do pedágio no Paraná e em São Paulo, o frete a partir de Mato Grosso é um dos mais caros do mundo. A partir de Rondonópolis até o porto de Santos, por exemplo, um caminhão carregado de soja paga R$ 1.095,50 de pedágio. São 42 sacas por carga ou R$ 2 a saca, a cada viagem. No caso do milho o quadro é pior, subindo para 50 sacas. “Sem contar que o frete sofre reajustes anuais em torno de 25%”, emenda Paulo Agroverde.
A construção da Ferrovia Centro-Oeste em Mato Grosso anunciada em março pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), passando por Lucas de Rio Verde, ajudará a minimizar esses custos e fará com que o Estado deixe de perder cerca de R$ 1 bilhão por ano para escoar a produção de soja. “É dinheiro que poderá ficar aqui e gerar investimentos em Mato Grosso”, afirma Paulo. A Ferrovia Centro-Oeste cortará 15 municípios do Estado e tem o projeto previsto para ligar Uruaçu (GO) a Vilhena (TO).
O Brasil, segundo Paulo, corre o risco de paralisar devido à possibilidade de um apagão logístico. “O problema é crônico pela nossa dependência do transporte rodoviário e à falta de integração intermodal”, aponta. Nos Estados Unidos, o transporte ferroviário movimenta 38% das cargas, o hidroviário 36% e o rodoviário 26%. No Brasil, 67% das safras escoam por rodovias, 22% por ferrovias e apenas 11% por hidrovias.
O empresário de Sorriso alerta para medidas urgentes para a melhoria da situação da logística de transporte, que apresenta rodovias em más condições, ferrovias mal utilizadas e falta de investimentos na modernização de portos. Investimentos nas BRs 163, 364 e 158, na região do Araguaia, também são ações necessárias. “Nossos políticos precisam cobrar providências imediatas do governo federal”, exige.
Para Paulo Agroverde, a falta de infra-estrutura para escoar a produção é mais um dos problemas decorrentes da falta de valorização do setor agropecuário nacional. “O produtor enfrenta desde insumos caros, juros altos, tributos excessivos, falta política de preços mínimos, clima variável e ataques de grupos organizados às propriedades, até leis ambientais distorcidas”, acrescenta.
O anúncio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de um recorde de 144 milhões de toneladas na safra 2009/2010 – sendo 67,57 milhões de toneladas apenas de soja – deve agravar a situação já caótica da logística regional. As rodovias são as mesmas há 40 anos e os caminhões disponíveis insuficientes para transportar a safra.
“A maior concentração de soja está em Mato Grosso, com estimativa de produção de 18,9 milhões de tonelada, e o produtor do Estado devem enfrentar mais um ano de dificuldade para escoar toda a produção que acaba de ser colhida e abarrota os armazéns, que também são em número muito aquém da necessidade”, prevê Paulo Agroverde.
Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostram que a perda do produtor devido à logística precária chega a R$ 6 bilhões ao ano. De acordo com a entidade, 2,6 milhões de toneladas de alimentos são perdidas no processo de escoamento, principalmente no transporte da propriedade rural aos portos.
“A logística nacional para o escoamento da produção é lastimável. E Mato Grosso é o Estado que mais sofre com o problema de logística, por ser um dos maiores produtores do país e estar mais longe dos portos”, conclui o empresário de Sorriso.
Fonte: Blog do Domingo Martim Jr.
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