Estudo revela que 94% das pessoas comentam com os amigos quando não gostam dos serviços oferecidos pelas empresas.
A ascensão da nova classe média gerou mudanças nas relações sociais, políticas, econômicas e até comerciais. Um estudo realizado pela Gouvêa de Souza e Accenture aponta que a maior parte desses novos consumidores exige bons serviços de logística. Quando as exigências não são atendidas, 94% deles compartilham as frustrações com os conhecidos, gerando uma propaganda negativa espontânea.
Charles Pierre, gerente de logística de uma empresa de embalagens de Anápolis (GO) – onde se concentra o maior distrito industrial do Centro-Oeste -, percebeu essas mudanças na prática: “Logística, há um tempo, era simplesmente transportar, fazer frete num caminhão. Hoje, a área envolve muitos itens como armazenar, baixar custos, dar informação e satisfazer o cliente.”
E ao que tudo indica os brasileiros não estão muito satisfeitos. Um relatório do Banco Mundial, que avalia a logística de 160 países, mostra que o Brasil caiu 20 posições de 2013 para 2014. O ranking é baseado na opinião de empresários que levam em consideração seis pontos: alfândega, infraestrutura, remessas internacionais, qualidade da logística, rastreamento e pontualidade. Numa escala de 0 a 5, o Brasil recebeu nota 2.94, ficando atrás de países como Chile, Indonésia e Argentina.
Isso indica que o mercado de logística perdeu força e precisa se reciclar. “Hoje, nós temos muitos profissionais que não são da área e eles atuam, talvez por indicação, de uma forma que não é correta”, analisa Charles. A necessidade de bons profissionais é reforçada pelo coordenador do MBA Executivo em Logística de Distribuição e Produção do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), professor Tarcísio Menezes. Segundo ele, a estrutura logística disponível não é adequada para atender a alta demanda, por isso ter um profissional qualificado é primordial em todo o processo.
“O crescimento da economia demanda logística de exportação, logística interna no escoamento da produção agroindustrial e melhoria da mobilidade urbana com o crescimento das cidades e da demanda do canal de varejo. O momento é favorável para a formação do profissional em logística”, aponta o professor.
Abrir horizontes
Tarcísio ainda sinaliza que a capacidade técnica não é suficiente para os profissionais do ramo, pois é preciso também oferecer um conhecimento de toda a cadeia de logística. Para ele, é isso que vai gerar a redução de custos e aumentar a competitividade. “A finalidade do MBA em Logística no IPOG é colaborar com a formação e a visão ampliada dos profissionais.”
Quem se beneficiou com a completa formação curricular do curso foi o gerente de Logística, Osvando de Oliveira. “Abriu o horizonte em relação a conhecimento, contatos e uma nova maneira de pensar sobre soluções já consagradas e novas a serem criadas, já que o setor é muito dinâmico.”
Osvando vive ainda uma nova fase de sua vida profissional e comemora: “Acabei de ser promovido a Gerente de Logística. Credito muito disso ao MBA que terminei em 2013.”
Fonte: IPOG
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