Veículo tem custo de uma moto e a conveniência de um carro, segundo a Motocar. Meta é vender 1,5 mil unidades em 2014.
O triciclo, também conhecido como tuk-tuk ou riquixá, é uma das figuras característica de países asiáticos, sobretudo da Índia. O veículo mistura características de motos, como os baixos consumo de combustível e custo de aquisição, e a proteção típica dos automóveis. Levando em conta essas características, por que não trazer os triciclos para o Brasil? Na verdade, uma empresa já teve essa ideia: a Motocar, empresa paulista que está vendendo os veículos desde o começo do ano. A intenção da montadora é oferecer os tuk-tuks como uma oportunidade de negócio para seus clientes. Além disso, para ampliar as vendas, oferece um modelo de concessionária para os interessados em vender o produto.
A formatação do negócio demorou quase cinco anos e a inspiração veio de um país bem mais próximo que a Índia. "Em 2009, em uma viagem ao Peru, onde o triciclo é usado em regiões mais afastadas dos grandes centros, um dos futuros fundadores da Motocar percebeu que poderia adaptar a ideia ao Brasil", diz Fábio Di Gregório, diretor de relações institucionais da Motocar.
Entre 2009 e o fim de 2013, a Motocar desenvolveu o produto e trabalhou na regulamentação do triciclo. Como ninguém produzia nada parecido por aqui, o riquixá passou por uma série de homologações. "Pensamos que a burocracia levaria duas semanas, mas precisamos de dois anos para passar por essa etapa", afirma o diretor. Entretanto, a espera valeu a pena, pois os veículos da Motocar estão autorizados a transitar em qualquer via do território nacional. O lançamento oficial da montadora aconteceu em novembro do ano passado.
A Motocar produz três tipos de triciclo: um para passageiros – com capacidade para o condutor, dois passageiros e espaço para bagagem – e dois para carga, um com carroceria aberta e o outro fechado. O veículo para passageiros tem preço sugerido de R$ 10,9 mil. Os de carroceria aberta custam R$ 12,9 mil e R$ 13,9 mil, sendo que o fechado é o mais caro. Além da economia na aquisição dos tuk-tuks, o empreendedor economiza no futuro, segundo o diretor. "Os custos de manutenção representam 1/3 do valor gasto com carros."
Segundo Di Gregório, o triciclo de passageiros foi desenvolvido para ser um táxi, com foco em cidades menores. O problema é que a legislação sobre transporte coletivo privado varia de cidade para cidade, o que atrapalha um pouco as vendas. "Estamos conversando com prefeituras dispostas a aceitar os triciclos", diz o diretor. O veículo de passageiros também está sendo aproveitado em passeios turísticos e usado por hotéis como opção de transporte para seus hóspedes.
Os triciclos de carga, por sua vez, podem ser utilizados para o transporte de mercadorias e para a venda de alimentos. A autorização para estacionar um veículo e oferecer comida também varia dependendo do município. Neste caso, por outro lado, há um atenuante: em abril, São Paulo, a maior cidade do Brasil, liberou a venda de alimentos sob condições bastante favoráveis. "Há pet shops itinerantes, brinquedos, vendedores de churrasquinho grego e muitos outros negócios funcionando em nossos veículos", afirma Di Gregório. Para dirigir um triciclo, o condutor deve ter habilitação na categoria A, a mesma de motos.
"Melhor que franquia"
Os triciclos podem ser encontrados em revendedores autorizados, concessionárias ou diretamente da fábrica da Motocar. As concessionárias não são próprias das montadoras, mas um investimento de empreendedores que acreditam no negócio. O modelo tem características próprias de franquias: as operações têm o nome da Motocar e seguem uma identidade visual. No entanto, não precisam pagar taxas pelo licenciamento da marca. "As relações entre montadoras e distribuidoras seguem uma legislação própria, conhecida como Lei Ferrari", diz de Gregório.
O investimento inicial em uma concessionária gira em torno de R$ 300 mil, usados para compra de veículos e peças, adequação do ponto de venda e capital de giro. "Nosso foco é lucrar fabricando os triciclos, não com taxa sobre taxa como muitas vezes acontece no setor de franquias. As concessionárias têm essa vantagem", diz o diretor. Atualmente, há 15 concessionárias da Motocar espalhadas em quatro regiões brasileiras – só o Centro-Oeste não tem unidades por enquanto.
Expansão
O plano da Motocar é vender 1,5 mil triciclos até o fim deste ano. Segundo Di Gregório, a montadora vem batendo metas mês a mês e deve até ultrapassar a estimativa inicial. Ao mesmo tempo, a empresa quer fechar 2014 ampliando o número de concessionárias de 15 para 25.
Os interessados nos triciclos podem ir ao distribuidor mais próximo – este mapa é bastante útil na busca – ou entrar em contato com a montadora. Um formulário de contato para eventuais compradores e uma página para quem pensa em abrir uma concessionária podem ser encontrados no site da empresa.
Os triciclos podem ser encontrados em revendedores autorizados, concessionárias ou diretamente da fábrica da Motocar. As concessionárias não são próprias das montadoras, mas um investimento de empreendedores que acreditam no negócio. O modelo tem características próprias de franquias: as operações têm o nome da Motocar e seguem uma identidade visual. No entanto, não precisam pagar taxas pelo licenciamento da marca. "As relações entre montadoras e distribuidoras seguem uma legislação própria, conhecida como Lei Ferrari", diz de Gregório.
O investimento inicial em uma concessionária gira em torno de R$ 300 mil, usados para compra de veículos e peças, adequação do ponto de venda e capital de giro. "Nosso foco é lucrar fabricando os triciclos, não com taxa sobre taxa como muitas vezes acontece no setor de franquias. As concessionárias têm essa vantagem", diz o diretor. Atualmente, há 15 concessionárias da Motocar espalhadas em quatro regiões brasileiras – só o Centro-Oeste não tem unidades por enquanto.
Expansão
O plano da Motocar é vender 1,5 mil triciclos até o fim deste ano. Segundo Di Gregório, a montadora vem batendo metas mês a mês e deve até ultrapassar a estimativa inicial. Ao mesmo tempo, a empresa quer fechar 2014 ampliando o número de concessionárias de 15 para 25.
Os interessados nos triciclos podem ir ao distribuidor mais próximo – este mapa é bastante útil na busca – ou entrar em contato com a montadora. Um formulário de contato para eventuais compradores e uma página para quem pensa em abrir uma concessionária podem ser encontrados no site da empresa.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
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