A Amazon não está em negociações com a B2W, afirmaram
fontes próximas ao assunto na última quinta-feira, em meio a rumores de que
uma possível aquisição estaria sendo avaliada, o que fazia as ações da
varejista online brasileira dispararem pelo segundo dia seguido na
Bovespa.
"Não tem nada (sendo negociado) com B2W", disse
uma fonte com conhecimento dos planos do grupo norte-americano,
ressaltando que o mercado "está usando os rumores para fazer subir o
preço da ação".
Às 12h41, o papel da B2W subia 5,42 por cento, a
9,14 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,39 por cento. Na
véspera, a ação disparou 9,2 por cento.
Procurados pela Reuters, representantes da
Amazon, da B2W e da Lojas Americanas, controladora da empresa
brasileira, não comentaram sobre uma eventual negociação envolvendo as
companhias.
A valorização das ações da varejista dona dos
sites Americanas.com, Submarino e Shoptime também foi considerada
"especulativa" por outras duas fontes com conhecimento do assunto.
"É uma história antiga (a possibilidade de
aquisição da B2W)", disse uma das fontes. "Sempre que a ação sobe volta o
rumor, mas é pura especulação." A terceira fonte, que tem conhecimento
dos planos da B2W, comentou que uma possível negociação com a Amazon é
"difícil e improvável".
Recentemente, a ação da B2W registrou forte
valorização motivada pela possibilidade da Lojas Americanas realizar uma
oferta pública de aquisição (OPA) para fechar o capital de sua
controlada.
PENALIZADA
A B2W vem sendo penalizada no mercado de
capitais há cerca de dois anos, refletindo prejuízos consecutivos
decorrentes da demora para integrar suas plataformas e uma série de
problemas operacionais que se refletiram principalmente em atrasos na
entrega de produtos.
Em meio a este cenário, rumores sobre possíveis
aquisições ou fechamento de capital da B2W vêm acompanhando o histórico
da empresa.
A companhia anunciou recentemente plano de
investir mais de 1 bilhão de reais entre 2013 e 2015 em tecnologia,
inovação e logística, buscando voltar a crescer apoiada em crescimento
de vendas.
Por sua vez, a Amazon.com vem ganhando as
atenções do mercado com planos de abrir sua loja digital de livros no
Brasil no quarto trimestre deste ano.
Esta deve ser a porta de entrada para o grupo
norte-americano conquistar um espaço na maior economia da América Latina
com seu tablet, o Kindle, e um catálogo de livros digitais (ebooks) em
português, disseram representantes de editoras locais e uma fonte da
indústria a par dos planos da varejista norte-americana à Reuters, em
junho.
Com uma abordagem totalmente digital, em um
primeiro momento, a Amazon minimiza os riscos que uma estreia de maiores
proporções implicaria num país com problemas notórios de
infraestrutura, dos quais a B2W é uma das vítimas.
Fontes: G1 via Reuters
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