Gulftainer entra no Porto do Recife

A Gulftainer, empresa de logística dos Emirados Árabes Unidos, assinou um contrato de operação para atuar no Porto do Recife, em Pernambuco, a partir da segunda quinzena de dezembro deste ano. O porto da capital pernambucana é o primeiro da América Latina no qual a companhia árabe irá operar.
"Fizemos uma negociação direta para explorar o porto. É um acordo operacional. Mais para frente, dependendo da demanda, podemos entrar em uma licitação", afirma Joseph Bruno, diretor-geral da Gulftainer para o Brasil.
A empresa já tem um escritório administrativo em Recife e irá instalar um escritório operacional dentro do porto. Segundo Bruno, a estimativa da empresa é de ter, inicialmente, 50 funcionários atuando nas áreas administrativa, operacional e comercial.
No primeiro ano de sua operação no Porto do Recife, a Gulftainer deve movimentar entre 35 mil e 55 mil TEUs (cada TEU equivale a um contêiner de 20 pés). "Acreditamos que nos próximos 12 a 24 meses, o porto já vai estar adaptado para receber mais carga e navios de maior porte", destaca Bruno, dizendo que as operações da companhia podem atingir de 80 mil até 100 mil TEUs em dois anos.
De acordo com o diretor-geral da Gulftainer no país, a empresa também quer expandir sua atuação para outros portos brasileiros, mas não revela quais seriam as localidades. "Temos interesse em mais uma ou duas áreas no Nordeste, e mais uma no Sudeste, mas isso é a médio prazo", ressalta. "No momento, temos foco em investir no Porto do Recife até chegar à capacidade total".
O contrato para a operação no Porto do Recife é por tempo indeterminado. O investimento inicial em equipamentos feito pela Gulftainer é de US$ 25 milhões, o que inclui dois guindastes novos e duas empilhadeiras. No próximo ano, a empresa deve investir ainda mais em equipamentos e agregar um ou dois novos guindastes e de duas a quatro empilhadeiras.
A previsão do Porto do Recife é que a movimentação operada pela companhia árabe gere uma arrecadação de R$ 3,2 milhões em seu faturamento anual, o que representa um aumento de 15% na renda atual. O Porto estava há sete anos sem receber contêineres, atividade que foi retomada apenas em setembro deste ano, com um contrato feito com uma empresa de São Paulo.

Fonte: Portal NTC

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