Brasil: 100 mil vagões em dois anos

Errata com dados corretos (http://infologis.blogspot.com/2010/11/errata-materia-sobre-industria-de.html)

Com as notícias de aumento no transporte de cargas para os próximos dois anos, surge a pergunta se a indústria ferroviária está preparada para atender esse crescimento da demanda, tanto na quantidade quanto na qualidade dos vagões. Cada vez mais, as fabricantes precisam trazer ao País produtos para cargas específicas.
Para Rodrigo Vilaça, diretor executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), o mercado está numa crescente sem volta. Segundo ele, o crescimento do número de quilômetros de trilhos saltará dos atuais 39 mil para 43 mil até 2025. Por essa razão, o setor precisará ter ampliado o total de vagões.
De acordo com o executivo, isso já está acontecendo e as associadas da entidade trabalham com a expectativa de produzir mais de 100 mil unidades em apenas dois anos. Para se ter uma ideia do que isso significa, a Randon fechará este ano com mais de mil vagões produzidos, atingindo alta de mais de 300%, em relação ao ano anterior.
Atualmente, a Usiminas Mecânica possui contratos estimados em R$ 25 milhões para a produção de vagões do tipo plataforma e gôndola destinados à Usiminas e à CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) para o transporte de minérios.
Visando diversificar suas operações, a empresa fabricou dois protótipos de vagões gôndola para 150 toneladas que estão em teste na Estrada de Ferro Carajás, da Vale. Segundo Jairo Andrade Cruz Júnior, superintendente de fundição, forjaria e vagões, a empresa quer atingir o volume de 100 unidades produzidas ainda neste ano.
De olho no futuro
Cada vez mais as companhias de transporte ferroviário se preparam para o futuro. A MRS Logística está em pleno investimento em ampliação de frota e modernização. Entre as novidades, de acordo com Rodrigo Goularte, gerente corporativo de engenharia, a empresa está testando o uso de vagões com capacidade de 150 toneladas, para substituir os usados hoje, com capacidade de transporte de 140 toneladas.
Luiz Henrique Hungria, especialista de vagões da ALL (América Latina Logística), afirmou na última edição da feira Negócios nos Trilhos, ocorrida em São Paulo (SP) de 9 a 11 deste mês, que antes de mais nada é preciso entender as necessidades dos clientes para que as ferrovias voltem a ocupar espaço no transporte de cargas industrializadas. O executivo apresentou como case de sucesso de aumento da capacidade de carga, o vagão graneleiro FHT de 17 metros de comprimento.

Fonte: WebTranspo

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