O Município de Bauru, localizado a 330 quilômetros da capital paulista, deve transformar o Aeroporto Bauru Arealva em um centro de distribuição e logística internacional, o que mudará a configuração da cidade no mapa do Estado. O investimento para transformar o local em aeroporto de carga é de R$ 40 milhões e ficará a cargo da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
A iniciativa surgiu da necessidade de descentralização das cargas do Aeroporto de Viracopos, em Campinas que, se ampliado, exigiria investimentos de R$ 6 bilhões, segundo a Comissão Metropolitana de Viracopos. A Infraero, administradora do aeroporto de Viracopos, e o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que faz a gestão do Aeroporto de Bauru Arealva, negociam o projeto.
Em entrevista exclusiva ao DCI, o prefeito de Bauru, Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça, o Rodrigo Agostinho (PMDB), afirmou que a ampliação do aeroporto atrairá muitas indústrias do setor de tecnologia e empresas do setor de comércio e de serviços. Para comportar as novas empresas, o município deve criar uma lei que estabeleça as Zonas de Indústria, Comércio e Serviços (ZICS), onde serão disponibilizadas áreas da prefeitura para construção de condomínios empresariais pela iniciativa privada.
Segundo o secretário de Desenvolvimento de Bauru, Antonio Mondelli Junior, além da criação das ZICS e da ampliação do aeroporto, serão construídos o 4º distrito industrial e minidistritos industriais no município para alavancar a economia. "O distrito industrial já tem sua área definida. Estamos negociando convênios com o governo estadual e federal, que serão responsáveis pelo investimento de R$ 2,5 milhões", disse o secretário: "Serão construídos dez minidistritos, até o final de 2010. Três deles devem ter suas obras iniciadas até o final do ano e vão abrigar 62 médias e pequenas empresas", explicou.
Rodrigo Agostinho afirma que ao adotar estas medidas de desenvolvimento, pretende retomar a importância da cidade no cenário estadual. "Estamos fazendo todo um esforço para reposicionar o nome da cidade no mapa de São Paulo. Inúmeras ações estão sendo desenvolvidas, e temos grandes expectativas sobre elas", declarou o prefeito.
Leia os melhores trechos da entrevista a seguir:
Sobre o perfil econômico da cidade, qual setor gera mais renda?
Nós temos uma economia bastante diversificada, com liderança no setor de serviços, voltada para a área de logística e universitária, temos várias universidades e inúmeras rodovias duplicadas. Em seguida vêm os setores de comércio e indústria: hoje o município abarca 1.700 indústrias.
Quais setores da indústria têm destaque no município?
Nós temos indústrias fortes na área de baterias automotivas, pois 50% das baterias de reposição automotivas do País são produzidas em Bauru: a Baterias Ajax, a Tudor e a Cral estão no município. Temos um grande parque gráfico, que abriga empresas como a Tilibra; empresas da área de plásticos, como a Plasútil; e muitas da área de alimentação, como a Mezzanni e a Cadbury Adams.
Quantas universidades o município possui?
Nós temos 10 universidades, entre elas está o maior campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e um grande campus da Universidade de São Paulo (USP).
Quais são os principais projetos para impulsionar a economia de Bauru?
Estamos fazendo um grande esforço para transformar o nosso aeroporto em aeroporto de carga, por causa do potencial logístico da cidade. Estamos realizando um amplo programa de desburocratização, diminuindo tributos, unificando taxas. Queremos construir nosso quarto distrito industrial; estamos regulamentando zonas de indústria, comércio e serviços (ZICS) ao longo da cidade, para ali serem implantados condomínios empresariais privados, e pretendemos construir 10 minidistritos industriais até o final da gestão: três deles já devem ser iniciados este ano e devem trazer cerca de 62 médias e pequenas empresas.
Qual é o investimento na expansão do aeroporto?
O recém-inaugurado Aeroporto de Bauru Arealva tem condições de ser um grande aeroporto de carga por sua proximidade de São Paulo e pelo fato de ser um dos poucos aeroportos do interior que têm capacidade de expansão. Ele deve receber investimentos do governo federal, pela Infraero, da ordem de R$ 40 milhões. Isso deve potencializar a indústria da área de tecnologia. É uma produção de alto valor agregado e vai facilitar também o transporte de produtos perecíveis. Estamos em busca de empresas para instalarem-se no aeroporto. Já temos duas empresas de transporte de passageiros, a Passaredo e a Gol. Há também uma discussão sobre a privatização do aeroporto.
Quando deve ser iniciada a implantação do quarto distrito industrial?
Nós estamos fazendo estudos para começar a construção do quarto distrito industrial da cidade. Nós já temos a área definida, estamos negociando convênios com o governo estadual e federal para os investimentos, que devem somar R$ 2,5 milhões, e também para disponibilização de espaço em prédios, inclusive espaços ociosos. Estamos estudando ideias para facilitar a instalação de empresas na cidade, e já temos 50 empresas interessadas.
Com relação à meta de desburocratização, quais são as principais ações adotadas?
Nós já aprovamos a primeira lei, que unifica 15 taxas em uma única. Aprovamos a lei geral de micro e pequenas empresas para regular o Microempreendedor Individual (MEI) e estamos implantando o Salão do Empreendedor, que é uma estratégia para facilitar a abertura e regulamentação de empresas. Vamos encaminhar à Câmara um conjunto de projetos de incentivos, principalmente na área de tributos.
Quais são os atrativos que a cidade oferece a empresários?
Temos um parque tecnológico; 10 universidades; mão de obra especializada, muito importante para empresas; grande disponibilidade de terras que não exigem licença ambiental; rodovias duplicadas; um aeroporto que fica a 15 quilômetros do centro da cidade, hidrovias; Bauru é cortada por sete rodovias; temos grande disponibilidade de energia. Enfim, temos uma forte estrutura para agilizar recepção a qualquer empresa.
Existem obras públicas em execução no município?
Hoje, a maior obra, financiada pelo governo estadual, é a construção de uma avenida que interliga a região norte da cidade à Rodovia Bauru-Marília, com investimentos de R$ 50 milhões. Temos obras de drenagem, saneamento e pavimentação que serão realizadas por meio de investimentos do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), da ordem de R$ 100 milhões, mas a verba ainda não foi liberada.
Qual é a previsão de arrecadação municipal em 2010?
Temos uma expectativa de orçamento de R$ 400 milhões.
O senhor citou que há uma forte mudança na administração. Como ela está sendo feita?
Estamos fazendo um grande esforço para reposicionar o nome da cidade no mapa de São Paulo. Inúmeras ações para desenvolver a economia serão realizadas e temos grandes expectativas quanto a elas.
Fonte:DCI
A iniciativa surgiu da necessidade de descentralização das cargas do Aeroporto de Viracopos, em Campinas que, se ampliado, exigiria investimentos de R$ 6 bilhões, segundo a Comissão Metropolitana de Viracopos. A Infraero, administradora do aeroporto de Viracopos, e o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que faz a gestão do Aeroporto de Bauru Arealva, negociam o projeto.
Em entrevista exclusiva ao DCI, o prefeito de Bauru, Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça, o Rodrigo Agostinho (PMDB), afirmou que a ampliação do aeroporto atrairá muitas indústrias do setor de tecnologia e empresas do setor de comércio e de serviços. Para comportar as novas empresas, o município deve criar uma lei que estabeleça as Zonas de Indústria, Comércio e Serviços (ZICS), onde serão disponibilizadas áreas da prefeitura para construção de condomínios empresariais pela iniciativa privada.
Segundo o secretário de Desenvolvimento de Bauru, Antonio Mondelli Junior, além da criação das ZICS e da ampliação do aeroporto, serão construídos o 4º distrito industrial e minidistritos industriais no município para alavancar a economia. "O distrito industrial já tem sua área definida. Estamos negociando convênios com o governo estadual e federal, que serão responsáveis pelo investimento de R$ 2,5 milhões", disse o secretário: "Serão construídos dez minidistritos, até o final de 2010. Três deles devem ter suas obras iniciadas até o final do ano e vão abrigar 62 médias e pequenas empresas", explicou.
Rodrigo Agostinho afirma que ao adotar estas medidas de desenvolvimento, pretende retomar a importância da cidade no cenário estadual. "Estamos fazendo todo um esforço para reposicionar o nome da cidade no mapa de São Paulo. Inúmeras ações estão sendo desenvolvidas, e temos grandes expectativas sobre elas", declarou o prefeito.
Leia os melhores trechos da entrevista a seguir:
Sobre o perfil econômico da cidade, qual setor gera mais renda?
Nós temos uma economia bastante diversificada, com liderança no setor de serviços, voltada para a área de logística e universitária, temos várias universidades e inúmeras rodovias duplicadas. Em seguida vêm os setores de comércio e indústria: hoje o município abarca 1.700 indústrias.
Quais setores da indústria têm destaque no município?
Nós temos indústrias fortes na área de baterias automotivas, pois 50% das baterias de reposição automotivas do País são produzidas em Bauru: a Baterias Ajax, a Tudor e a Cral estão no município. Temos um grande parque gráfico, que abriga empresas como a Tilibra; empresas da área de plásticos, como a Plasútil; e muitas da área de alimentação, como a Mezzanni e a Cadbury Adams.
Quantas universidades o município possui?
Nós temos 10 universidades, entre elas está o maior campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e um grande campus da Universidade de São Paulo (USP).
Quais são os principais projetos para impulsionar a economia de Bauru?
Estamos fazendo um grande esforço para transformar o nosso aeroporto em aeroporto de carga, por causa do potencial logístico da cidade. Estamos realizando um amplo programa de desburocratização, diminuindo tributos, unificando taxas. Queremos construir nosso quarto distrito industrial; estamos regulamentando zonas de indústria, comércio e serviços (ZICS) ao longo da cidade, para ali serem implantados condomínios empresariais privados, e pretendemos construir 10 minidistritos industriais até o final da gestão: três deles já devem ser iniciados este ano e devem trazer cerca de 62 médias e pequenas empresas.
Qual é o investimento na expansão do aeroporto?
O recém-inaugurado Aeroporto de Bauru Arealva tem condições de ser um grande aeroporto de carga por sua proximidade de São Paulo e pelo fato de ser um dos poucos aeroportos do interior que têm capacidade de expansão. Ele deve receber investimentos do governo federal, pela Infraero, da ordem de R$ 40 milhões. Isso deve potencializar a indústria da área de tecnologia. É uma produção de alto valor agregado e vai facilitar também o transporte de produtos perecíveis. Estamos em busca de empresas para instalarem-se no aeroporto. Já temos duas empresas de transporte de passageiros, a Passaredo e a Gol. Há também uma discussão sobre a privatização do aeroporto.
Quando deve ser iniciada a implantação do quarto distrito industrial?
Nós estamos fazendo estudos para começar a construção do quarto distrito industrial da cidade. Nós já temos a área definida, estamos negociando convênios com o governo estadual e federal para os investimentos, que devem somar R$ 2,5 milhões, e também para disponibilização de espaço em prédios, inclusive espaços ociosos. Estamos estudando ideias para facilitar a instalação de empresas na cidade, e já temos 50 empresas interessadas.
Com relação à meta de desburocratização, quais são as principais ações adotadas?
Nós já aprovamos a primeira lei, que unifica 15 taxas em uma única. Aprovamos a lei geral de micro e pequenas empresas para regular o Microempreendedor Individual (MEI) e estamos implantando o Salão do Empreendedor, que é uma estratégia para facilitar a abertura e regulamentação de empresas. Vamos encaminhar à Câmara um conjunto de projetos de incentivos, principalmente na área de tributos.
Quais são os atrativos que a cidade oferece a empresários?
Temos um parque tecnológico; 10 universidades; mão de obra especializada, muito importante para empresas; grande disponibilidade de terras que não exigem licença ambiental; rodovias duplicadas; um aeroporto que fica a 15 quilômetros do centro da cidade, hidrovias; Bauru é cortada por sete rodovias; temos grande disponibilidade de energia. Enfim, temos uma forte estrutura para agilizar recepção a qualquer empresa.
Existem obras públicas em execução no município?
Hoje, a maior obra, financiada pelo governo estadual, é a construção de uma avenida que interliga a região norte da cidade à Rodovia Bauru-Marília, com investimentos de R$ 50 milhões. Temos obras de drenagem, saneamento e pavimentação que serão realizadas por meio de investimentos do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), da ordem de R$ 100 milhões, mas a verba ainda não foi liberada.
Qual é a previsão de arrecadação municipal em 2010?
Temos uma expectativa de orçamento de R$ 400 milhões.
O senhor citou que há uma forte mudança na administração. Como ela está sendo feita?
Estamos fazendo um grande esforço para reposicionar o nome da cidade no mapa de São Paulo. Inúmeras ações para desenvolver a economia serão realizadas e temos grandes expectativas quanto a elas.
Fonte:DCI
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