Indústrias da região amazônica querem melhorar o escoamento da produção

Os problemas de transporte de mercadorias, produzidas pelas indústrias da Amazônia atrapalham o crescimento econômico da região. A afirmação é do superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Djalma Bezerra Mello. Durante encontro da Ação Pró-Amazônia, que é formada por nove federações de indústrias da região, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Djalma destacou um estudo feito pela consultoria Macrologística que aponta os problemas provocados pela falta de escoamento adequado da produção.
Segundo Djalma, a logística é fundamental para ampliar as relações econômicas entre os nove estados da Amazônia e também com o resto do país e o mundo. "O levantamento mostra que as nossas estradas de ferro são voltadas para o transporte de minério, além disso, temos aeroportos que não têm capacidade de receber aviões de carga e problemas de transporte aquaviário, apesar de termos muitos rios" explicou Djalma.
O último estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sobre a comercialização de produtos entre os estados da Amazônia, feito em 2004, mostra que a atividade é muito pequena. Das compras realizadas pelo estado do Amazonas, por exemplo, apenas 2,07% foram feitas em empresas da região, e 97,93% em outras regiões do país. As soluções para os problemas de transporte de mercadorias serão apontadas pela consultoria Macrologística, segundo Djalma Mello. "Aguardamos a conclusão da segunda fase do trabalho da consultoria, porque sem ter condição de escoar a produção, dificilmente vamos conseguir ampliar as relações econômicas na região, e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) da Amazônia", destacou Mello.
Além dos problemas de logística, outro assunto debatido no encontro foi a tramitação de um projeto de lei no Congresso Nacional que trata de incentivo fiscal para as empresas que investirem na Amazônia até 2013. As indústrias e empresas de outros setores que têm projetos aprovados pela SUDAM conseguem redução de 75% no pagamento de imposto de renda. E em cima dos 25% pagos a Receita Federal, parte desse total, ou seja, 30%, mais 50% de recursos próprios da indústria podem ser usados para a compra de máquinas por meio de financiamento junto ao banco da Amazônia.
Para que o prazo do benefício seja estendido até 2023, é necessária a aprovação do projeto de lei que está sendo discutido na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Para o vice-coordenador da Ação Pró-Amazônia, José Conrado Santos, o empenho de todas as federações de indústrias da região e das bancadas estaduais na Câmara é imprescindível para acelerar a votação e conseguir aprovar o projeto. "Com a aprovação nós podemos trazer novos investimentos para a Amazônia, já que vamos ter um prazo maior para a concessão da isenção de parte do pagamento do Imposto de Renda", disse Conrado.

Fonte: http://www.fiemt.com.br/ns/mostra.php?noticia=3852

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