Consórcio de usinas prevê alcoolduto para 2014 em Maringá

Canal deverá ligar Marialva ao Porto de Paranaguá. Com o novo sistema, custo com o transporte pode ser reduzido em até 16 vezes, segundo a Alcopar....
O projeto para a construção de um alcoolduto ligando a região de Maringá ao Porto de Paranaguá avançou na sexta-feira (16), com a criação das empresas Central Paranaense de Logística (CPL Logística) e CPL Holding. As duas ficarão encarregadas das obras e operação do canal, respectivamente. A previsão dos sócios — 21 usinas, mais a CPA Tradind S/A — é que o alcoolduto fique pronto até 2014.
O custo da obra é estimado em R$ 1 bilhão. Serão cerca de 500 quilômetros de tubulação, com capacidade para transportar 4 bilhões de litros de álcool por ano — quase o dobro da produção na atual safra do Estado, 2,2 bilhões de litros. O ponto de partida será o terminal da CPA Trading, em Marialva, atualmente com capacidade para armazenamento de 100 milhões de litros de álcool. A previsão da empresa é dobrar essa capacidade nos próximos anos.
A reunião que definiu a abertura das empresas CPL Logística e CPL Holding foi realizada na última sexta, na sede da Associação dos Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), em Maringá. As empresas se comprometeram a entrar com um capital inicial de R$ 100 milhões. “Estamos empenhados em ampliar o mercado lá fora, obviamente sem deixar de pensar no mercado interno”, diz o presidente da associação, Anísio Tormena.
O interesse das usinas do Estado na construção do alcoolduto teve início em 2004, mas começa a decolar agora com a pressão de outros projetos. No Estado de São Paulo, maior produtor de álcool do País, começará no final deste ano a construção de um alcoolduto ligando Sertãozinho ao Porto de Santos.
A previsão é que a obra, de 600 quilômetros de extensão, fique pronta já em 2011, diminuindo os custos para exportação. Nos cálculos da Alcopar, o alcoolduto reduz em 16 vezes os custos com transporte.
Segundo a Alcopar, também está em fase adiantada a entrada de dois parceiros de capital misto, a Compagás e a Copel. A Compagás, empresa controlada pela Copel, tem o interesse de construir junto à tubulação para álcool um gasoduto, para abastecer o interior. Já o interesse da Copel é aproveitar a estrutura para a distribuição de fibra ótica.
As novas empresas têm interesse na participação para aproveitar as faixas de terra por onde passam as torres de transmissão de energia elétrica da Copel para construir a tubulação, diminuindo custos com a compra de terrenos.

Fonte: O Diário de Maringá

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