Pavimentação e infraestrutura: crescimento em 2012

O próximo ano promete ser um marco na retomada para o mercado de pavimentação e infraestrutura viária e rodoviária no Brasil. Além das demandas que já existiriam ainda que 2011 não tivesse sido um ano atípico, 2012 chegará com a missão de ‘correr atrás do prejuízo’. De acordo com o engenheiro Guilherme Ramos, diretor da Brazil Road Expo, vários fatores contribuíram para que o mercado colocasse o ‘pé no freio’ este ano. “De qualquer forma, é esse mesmo mercado que vem demonstrando uma forte tendência de crescimento, a julgar pela grande adesão de empresas, inclusive internacionais, como expositoras da Brazil Road Expo 2012”, explica.
“As mudanças que aconteceram no Ministério dos Transportes e mais especificamente no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), deixaram vários contratos em suspenso, gerando impacto nos cronogramas de várias obras e consequentemente no giro financeiro do segmento”, lembra o executivo destacando que, agora, com a maior proximidade de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, não existe mais tempo para novos períodos de diminuição de ritmo.
Segundo ele, outro fator que teve reflexo no mercado foi a crise econômica internacional, sobretudo nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, que fez com que algumas empresas adiassem seus planos de investimento. Embora essa revisão de planos de investimento não tenha feito com que o governo federal excluísse obras da pauta, programas como o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, tiveram sua execução desacelerada.
Os resultados da 15ª Pesquisa CNT de Rodovias 2011, divulgados no final de outubro, traduzem em números essa realidade. Embora tenha havido um aumento do percentual de rodovias consideradas boas e ótimas e a diminuição das rodovias cujas condições podem ser classificadas como regular, ruim ou péssima, a variação observada de 2010 para 2011 ficou aquém da variação apurada na pesquisa anterior.
No período 2009-2010, os conceitos Ótimo e Bom pularam de 31 para 41,2%, uma variação positiva de quase 10 pontos percentuais. Já no período seguinte, 2010-2011, as estradas bem avaliadas foram de 41,2% para 42,6%, uma variação de menos de 1,5%.
Inversamente proporcional aconteceu a variação do percentual de rodovias que apresentam problemas, ou seja, que foram avaliadas com os conceitos regular/deficiente, ruim ou péssimo. De 69% em 2009, o índice passou a 58,8% em 2010, totalizando uma variação de 10,2%. De 2010 para 2011 os números continuaram demonstrando a melhora na conservação e o aumento nos investimentos em rodovias, mas desta vez, com uma modesta variação de 1,4%: 58,8% (2010) e 57,4% (2011).
E nunca é demais lembrar que as rodovias têm papel importante tanto para o transporte de bens e pessoas quanto para a integração. Apesar dessa importância e dos crescentes investimentos nos últimos anos, muito ainda precisa ser feito.
Segundo os dados do último Sistema Nacional de Viação - SNV publicado pelo DNIT, em agosto de 2011, no País existem hoje 1.581.104 km de rodovias, dos quais apenas 213.909 km são pavimentadas, o que representa 13,5% da malha. Desse total, mais de 15 mil km são de rodovias sob concessão.
Em outras palavras, além dos 53.237 km de rodovias pavimentadas que, segundo a pesquisa realizada pela CNT, precisam de alguma intervenção, o Brasil tem ainda uma demanda de 1.367.195 km a serem pavimentados. “Isso tudo sem contar a obras de pavimentação e infraestrutura viária necessárias nas cidades, sobretudo naquelas que vão sediar jogos da Copa ou irão receber grandes projetos de infraestrutura como hidrelétricas, portos, aeroportos, entre outros”, conclui Guilherme Ramos.

Fonte: Portal Varejo.

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