Embalagens: Antilhas amplia capacidade do armazém

Economia aquecida é sinônimo de vendas em alta. Para atender a crescente demanda por embalagens e sacolas de papelão nos últimos meses, a Antilhas, fabricante e distribuidora de embalagens há mais de 22 anos no Brasil, reestruturou seu armazém em Santana do Parnaíba, município próximo à capital paulista.
A solução adotada é bastante funcional: O depósito da empresa, de 4 mil metros quadrados, dispunha de racks de metal auto-empilháveis. Para criar mais espaço interno, a configuração foi substituída por estruturas porta-pallets com dupla profundidade, que aumentaram em torno de 70% a capacidade total do estoque.
Para movimentar a carga no interior do armazém, foram adquiridas três novas empilhadeiras retráteis, equipadas com garfo telescópico. “Tínhamos racks maiores e corredores mais largos. Com a reestruturação, criamos corredores mais estreitos, por onde passam as novas empilhadeiras, e ampliamos o espaço aproveitável do depósito. Agora trabalhamos com 8,7 mil posições porta-pallets”, explica o gerente de Supply Chain da Antilhas, Gustavo Bragatto.
As mudanças absorveram R$ 800 mil em investimentos. O executivo destaca que, com a atualização realizada nos sistemas operacionais e de TI (WMS) ao longo dos últimos anos, foi possível aperfeiçoar mais o controle e localização dos estoques e proporcionar mais agilidade na movimentação de materiais.
Bragatto diz que as demandas por embalagens na Antilhas registraram um crescimento de 26% ao longo de 2010. “Para este ano ainda não avaliamos qual será nosso incremento, mas, pelo movimento do primeiro trimestre, acreditamos que teremos uma evolução em relação ao ano passado. Estamos preparados para isso”, comenta o executivo.
Just in time
Quem carrega suas compras em sacolas de papelão sequer imagina como é feito o abastecimento desses invólucros nas lojas e no mercado em geral.
Há mais de 22 anos fabricando e distribuindo embalagens para diversos segmentos do comércio e indústria, a Antilhas acumula uma expertise em logística, precisa e pontual, para que o lojista não falhe na hora do embrulho.
Fabricante e distribuidora dos próprios produtos, a companhia tem uma história que se originou, há mais de duas décadas, na idéia do ex-gerente nacional de vendas da Ford, Valter Baptista, presidente e dono da Antilhas: implantar o mesmo processo de distribuição de embalagens adotado, então, pela montadora de carros – o just in time, para atender a demanda com agilidade, evitar ruptura e geração de muito estoque.
A idéia vingou, o just in time de sacolas e embalagens funcionou e hoje a Antilhas tem mais de 12 mil pontos de entrega em todo o Brasil.
Os pedidos – em qualquer quantidade – para a Grande São Paulo são atendidos em menos de 24 horas. Para cidades grandes como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campinas, as entregas não ultrapassam 48 horas.
Nas demais localidades do País, os pedidos são atendidos a partir de 48 horas, em média. “Incorporamos a distribuição porque o custo da logística contratada é muito alto, se levarmos em conta o valor individual de nossos produtos”, explica Bragatto.
“Além disso”, prossegue, “a inteligência de nosso projeto de distribuição fica com a gente”. A operação de distribuição também passou por reestruturação. O total de transportadoras contratadas foi reduzido, para controlar melhor a operação e elevar o nível de qualidade das entregas.
O executivo conta que 70% dos pedidos realizados são efetuados pelo site da empresa, através de um sistema denominado JIT (Just-in-time) Evolution. É uma via simplificada para clientes de redes de franquias e varejistas, que facilmente indicam a quantidade de embalagens para seu suprimento, efetuam a compra online e a Antilhas entrega prontamente as embalagens nas lojas de todo o País. O site está atualmente entre os maiores do e-commerce nacional.
Os 126 clientes da Antilhas são, na maioria, grandes redes de lojas como Boticário e Natura (beleza), Zara, Lacoste, Brooksfield e Lupo (confecções) e Kopenhagen e Ofner (alimentícios), entre outros. A sacola de papelão, na maioria dos pedidos, é a embalagem mais solicitada.
Para a distribuição na grande São Paulo, a empresa contratou uma transportadora que trabalha em regime dedicado. “Para as demais localidades terceirizamos o transporte”, diz o executivo. Diariamente saem do armazém de Santana do Parnaíba 15 veículos – entre caminhões VUC, vans e kombis – que circulam pela Grande São Paulo. A movimentação média diária chega a 20 mil volumes.
Bragatto conta que, em períodos de pico, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Natal, o fluxo ultrapassa asa 10 mil entregas por mês. Ele detalha que praticamente 100% das entregas são feitas através de transporte rodoviário.
“Apenas em alguns casos de emergência despachamos a carga por via aérea”, detalha. “Trabalhamos de acordo com as exigências do cliente”, adianta, explicando que uma das solicitações mais recorrentes nos últimos tempos é por embalagens feitas de papel reciclado. Por enquanto, a empresa só trabalha no mercado doméstico.
Bragatto revela que a Antilhas abriu recentemente duas unidades na China, mas explica que são essencialmente destinadas à importação de insumos e adereços para a confecção de determinados produtos.
Embalagem Viva
Bragatto diz que a logística reversa de embalagens não registra índices significativos na Antilhas, representando apenas 5% do total de volumes movimentados. “O retorno é realizado com a mesma velocidade de envio”, ressalta o dirigente. Desde o início deste ano, a Antilhas implementou em suas operações um programa de descartes de resíduos, denominado Embalagem Viva, em parceria com seus clientes, que recolhe todas as embalagens inutilizadas de vitrines e das lojas visitadas regularmente. Os resíduos recolhidos são conduzidos para destinos apropriados para o descarte ou para a reciclagem de materiais.

Site: www.antilhas.com.br

Fonte: Global Online

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