Ferrovia bioceânica

A construção do trecho paraguaio da ferrovia que interligará os oceanos Atlântico e Pacífico é prioridade para o governo de Fernando Lugo. É o que informa a agência pública IP Paraguay, relatando a retomada da comissão que analisa o tema.
De acordo com a referida fonte, na semana que passou, Luis María Pereira, vice-ministro de Obras Públicas e Comunicações, e Eduardo Laterza, presidente da Ferrocarriles Paraguayos SA (FEPASA), reuniram-se com representantes da binacional Yacyretá (Paraguai / Argentina) para expor detalhes sobre o plano.
A intenção é fazer com que a ferrovia, que cortará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, usando trechos novos ou já existentes, passe pelas cidades de Presidente Franco, María Auxiliadora, Encarnación, Pilar e Curupayty, em trajeto de aproximadamente 700 quilômetros em território paraguaio.
A inclusão de Yacyretá no esforço concentrado para que a ferrovia saia do papel deve-se ao fato de que a binacional, ao iniciar a elevação de seu reservatório no rio Paraná, alagou trechos da antiga ferrovia que levava a Encarnación, tendo a obrigação de indenizar o Estado paraguaio pela perda.
Um dos principais entraves à concretização do projeto, porém, não está no Paraguai, mas, sim, no Brasil, uma vez que a segunda ponte sobre o rio Paraná, cujo acordo original, de 1992, previa que fosse bimodal, será apenas rodoviária, obrigando à construção de uma terceira ponte exclusivamente ferroviária.
Além disso, a atual Ferroeste chega, apenas, à cidade de Cascavel, restando ainda outros 150 quilômetros de vias inconclusas para que alcance Foz do Iguaçu e dê corpo ao ambicioso projeto, que conta com o aval dos governos de Argentina e Chile e visa ligar Paranaguá, no Atlântico, a Antofagasta, no Pacífico.

Fonte: ANTF e Paraná Online

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