NTC&Logística divulga pesquisa sobre panorama do TRC

Em pesquisa realizada junto a 400 empresas, o DECOPE – Departamento de Custos Operacionais e Estudos Técnicos da NTC&Logística (Fone: 11 2632.1500) constatou que 71,8% das companhias entrevistadas tiveram desempenhos superiores no primeiro semestre deste ano, em comparação com a segunda metade de 2009.
De acordo com o relatório, na comparação entre os dois períodos, 21,7% das empresas apresentaram um crescimento maior do que 10%, ao passo que 22,2% cresceram entre 5% e 10%. Além disso, 27,9% das 400 empresas que participaram da pesquisa tiveram um desempenho de 0,1% a 5% superior nos primeiros seis meses de 2010.
Apesar da boa porcentagem de empresas que se saíram bem no período, 73,4% dos entrevistados apontaram que sofreram com a falta de infraestrutura para a realização de suas operações, sendo que 7,6% dos reclamantes foram enquadrados na categoria “outros”, a qual não especifica quais foram os gargalos desses entrevistados.
Nas categorias especificadas, enquanto 28,2% disseram que enfrentaram problemas com falta de caminhões e implementos, 24,8% sofreram com a falta de motoristas, 8,4% se depararam com a falta de agregados e 4,4% reclamaram de falta de espaços nos terminais.
Outra questão abordada no estudo foi o reajuste dos preços de fretes. De acordo com a NTC&Logística, 57% dos entrevistados repassaram aumentos para os fretes. Por outro lado, 32% afirmaram que não repassaram e outros 11% revelaram que concederam descontos.
A média de reajuste foi de 6,5%. Das empresas que efetuaram reajustes no frete, 29% reajustaram em até 5% do valor; 19%, entre 5% e 10%; 10% das empresas, entre 10% e 15%; e outros 3% das empresas efetuaram reajustes superiores a 15%.
Questionadas sobre o valor real do frete para 2010 e os próximos anos, 57,4% das empresas disseram que ele deve permanecer estável, enquanto 30% apostam que o valor irá melhorar e 12,5% entendem que haverá uma piora.
Quando o assunto é a expectativa de crescimento na comparação entre o segundo semestre deste ano e o período equivalente em 2009, 93% das respostas foram positivas, refletindo em uma média de crescimento da ordem de 10,2%, segundo o estudo realizado pelo DECOPE da NTC&Logística.
Se apenas 7% dos entrevistados não vislumbram crescimento nesse período, 24% das 400 empresas esperam um desempenho 24% superior em relação à segunda metade do ano anterior. Outros 20% projetam um crescimento de 20% e 34% esperam crescer entre 5% e 10%. Ainda, 14% dos entrevistados devem conseguir um resultado de 3% a 5% superior ao segundo semestre de 2009 e 1% acredita que irá crescer menos de 3%.
Já que as empresas esperam ter bons desempenhos até o final do ano, a pesquisa quis saber se elas estão suficientemente capitalizadas para realizar os investimentos que a demanda exige. Se, por um lado, 68,4% afirmaram que estão capitalizadas – 53,8% em parte e 14,6% totalmente –, o restante (31,6%) informou que ainda não têm os recursos para os investimentos necessários.
Por falar em investimentos, das empresas entrevistadas que os farão, 46,7% destinarão recursos para caminhões, 11,7% para implementos, 12,5% investirão em terminais e 15,7% farão investimentos de outra ordem. Em contrapartida, 13,3% revelaram que não pretendem fazer investimentos.
Mesmo com as projeções positivas, os empresários acreditam que alguns fatores podem limitar o desempenho nesta segunda metade de 2010. São eles: falta de mão de obra (29,2%), falta de linhas de crédito e altas taxas de juros (24%), falta de veículos e equipamentos (18,3%), infraestrutura de rodovias, portos, aeroportos, etc. (10,2%), outros motivos não-especificados no relatório da pesquisa (14,1%).
“Destas empresas, 54,3% alegaram que deixaram de atender mais clientes por falta de veículos ou mão de obra, e mais de 61% encontraram dificuldades para adquirir insumos, como veículos, pneus e implementos. Com estes resultados, constatamos que o apagão logístico é uma realidade”, destaca Neuto Gonçalves dos Reis, coordenador técnico da NTC.

Fonte: NTC & Logística

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