A corrida da qualificação

A falta de técnicos para sustentar a expansão da economia lança as empresas numa gincana para contratar e formar profissionais. Só neste ano, será preciso treinar 1,3 milhão a mais do que em 2009 - como fazer isso?
Um grupo incomum de passageiros tomou boa parte de um voo da Varig que decolou do Rio de Janeiro rumo a Frankfurt em julho de 2007. No avião, 35 metalúrgicos da Companhia Siderúrgica do Atlântico, então ainda em fase de construção, partiram para temporadas de até um ano de treinamento na sede mundial da ThyssenKrupp, na cidade alemã de Duisburg. Desde então, outros 175 brasileiros já foram enviados à matriz pela multinacional, dona da CSA em sociedade com a Vale. Os "200 da Alemanha", recrutados na concorrência por salários em média 20% maiores, formam hoje a elite dos 2 300 empregados da CSA, usina que será inaugurada em julho em Santa Cruz, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e terá capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano.

Desse total de funcionários, apenas 600 já tinham qualificação para as funções que iriam ocupar. Os outros 1 700, com pouca ou nenhuma experiência, tiveram de ser treinados no canteiro de obras desde 2007, quando os primeiros tratores começaram a terraplenagem. "O Brasil vive uma enorme carência de profissionais qualificados, e não dava para pensar num projeto dessa magnitude com tanta gente sem experiência. O jeito foi treinar 75% da força de trabalho", diz Valdir Monteiro, diretor de recursos humanos da ThyssenKrupp CSA.

Matéria na íntegra: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0965/especiais/corrida-qualificacao-544979.html?page=1

Fonte: Portal Exame

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