Paraná poderá ser sede da Paccar no Brasil

O grupo americano produz os caminhões Peterbilt e Kenworth, mas é a linha DAF que deve chegar primeiro ao Brasil .
O Paraná está na disputa com mais seis Estados para receber a fábrica de caminhões da grupo norte-americano Paccar. A montadora tem planos de investir cerca de US$ 200 milhões e gerar mil empregos diretos. Dirigentes da empresa, com sede em Bellevue, Washington, estão no Brasil finalizando as negociações para a instalação de uma unidade da empresa no país.
O interesse pelo Brasil de uma das líderes mundiais em vendas de caminhôes já foi publicado anteriormente no site da Revista Carga Pesada. Dois dos maiores desafios do empreendimento serão estruturar uma rede de distribuidores e selecionar fornecedores nacionais para poder se beneficiar dos recursos do Finame, linha de financiamento do BNDES que responde pela maior parte das vendas de caminhôes feitas atualmente no país.
Cinco Estados brasileiros estariam na disputa pela fábrica. Na segunda-feira à tarde o assunto foi tratado em conversa com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), em Curitiba. Os outros seriam São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em conversa com analistas de investimentos, no último mês de abril, o presidente da empresa, Mark Pigott, falou dos planos para o país. "Nosso objetivo para a DAF é obter 10% do mercado brasileiro de caminhões médios e pesados", comentou.
No ano passado a Paccar registrou faturamento de US$ 10,3 bilhões e teve lucro de US$ 457 milhões. Os gráficos de resultados da empresa mostram que ela já teve desempenhos melhores, entre 2004 e 2008, mas que, após um ano ruim em 2009, conseguiu inverter a curva.
Se optar pelo Paraná, a Paccar vai ficar perto da concorrente Volvo, primeira montadora a investir no Estado, onde produz caminhões e ônibus desde o fim dos anos 70. "Temos ordem de não perder empresas", lembrou o secretário da Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros, sobre o esforço para atrair a unidade. Segundo o secretário, a decisão de local deve acontecer em junho, mas a procura pelo terreno teria começado ainda em outubro.
Entre os municípios em análise está Ponta Grossa, localizada nos Campos Gerais, distante 115 quilômetros de Curitiba, onde haveria um imóvel pré-selecionado. "Estamos no páreo e vamos brigar", comentou o secretário de Indústria e Comércio de Ponta Grossa, João Luiz Kovaleski. O município tem cerca de 300 mil habitantes, é cortada pela BR-277 e tem fácil acesso a portos do Paraná e de Santa Catarina.

Fonte: Carga Pesada

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