Produção de celular ganha reforço no Brasil

A expectativa de que o mercado de telefonia celular bata um recorde de vendas neste ano tem mexido com os planos dos grandes fabricantes do setor. A nova onda de investimentos envolve tanto as operações das grandes marcas de telefonia como as multinacionais especializadas em manufatura sob encomenda, que fabricam produtos sob a marca de terceiros.
A coreana Samsung, que pretende brigar pela liderança dos celulares no país, vai começar a produzir celulares em Manaus. As instalações serão montadas nos próximos meses e terão capacidade para fabricar 2 milhões de aparelhos por ano. Hoje, toda a produção de celulares da Samsung no país está concentrada em São Paulo. A fabricante chegou a fabricar seus aparelhos na Zona Franca, mas devido ao baixo volume, desligou as máquinas em 2004. A retomada das operações em Manaus não terá impacto sobre a fábrica de Campinas (SP), diz Benjamin Sicsú, vice-presidente da companhia para a América Latina. "A produção em São Paulo será, inclusive, aumentada", diz.
A finlandesa Elcoteq também tem planos de produção local. A companhia, especializada em produção terceirizada para diversas empresas, chegou ao país em 2004, com a produção de equipamentos de infraestrutura de telecomunicações. No fim do ano passado, a Elcoteq teve aprovado um plano para iniciar a fabricação de celulares inteligentes em Manaus. O projeto da companhia, conforme apurou o Valor, prevê a fabricação de até 1,1 milhão de celulares nos primeiros 12 meses de atividade, com investimento financeiro de R$ 53,3 milhões. Procurada pela reportagem, a Elcoteq não respondeu ao pedido de entrevista até o fechamento desta edição.
Quem também tem planos para fortalecer as operações de telefonia celular é a taiwanesa Foxconn. A empresa está consolidando a produção de peças de plástico que são usadas na montagem de aparelhos celulares. As operações, hoje divididas em duas fábricas da companhia, em Manaus, serão concentradas em uma única unidade. O cronograma da Foxconn prevê a produção de 15,9 milhões de unidades no primeiro ano de operação. Neste período, o investimento financeiro (capital de giro) envolvido na operação é de R$ 23 milhões.
Para o analista Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, essa movimentação é reflexo do reaquecimento das vendas projetadas para o setor. No ano passado, a crise econômica desacelerou os negócios. O consumidor brasileiro comprou 45,48 milhões de aparelhos novos em 2009, um volume 5% inferior ao de 2008, segundo dados da empresa de pesquisas Gartner. "O mercado está agitado porque sabe, com toda a certeza, que vai superar os resultados do ano passado", comenta Tude.

Matéria na íntegra: http://www.fenacon.org.br/pressclipping/noticiaexterna/ver_noticia_externa.php?xid=2950

Fonte: Valor Online

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