Os Estados de São Paulo e Pernambuco firmam acordos com países europeus para cooperação técnica nos Portos de Santos (SP), e Suape (PE). Os acordos têm como principal objetivo a definição de programas para melhores práticas de gestão e tecnologia em troca de experiências portuárias. Ao passo que o complexo industrial de Suape receberá mais 17 empresas este ano, já em fase de implantação no empreendimento, que aplicarão na região US$ 17 bilhões para melhorias no porto.
O Estado de Pernambuco assinou no último dia 25 de janeiro o primeiro termo de cooperação técnica com a Holanda, que deve ser firmado em abril, durante a vinda de uma comissão técnica holandesa a Pernambuco. O termo consiste em replicar o centro de referência holandês dentro do Centro de Treinamento Engenheiro Francisco Vasconcelos, escola nacional que o Governo de Pernambuco recebeu do Estaleiro Atlântico Sul.
O modelo utiliza um simulador de última geração para o treinamento de comandantes de navio. "É uma das mais prestigiadas escolas europeias de preparação de mão de obra naval e é responsável pela capacitação dos funcionários do setor, na Holanda", afirmou o vice-presidente do Complexo Industrial de Suape, Sidnei Aires, em entrevista exclusiva ao DCI.
Aires também frisou que o Porto de Roterdã, na Holanda, é um dos principais do mundo, e que este acordo será muito bom para Suape, principalmente por sua semelhança ao porto holandês. Segundo o vice-presidente, os holandeses procuraram essa parceria específica com o porto pernambucano por acreditar na posição estratégica do lugar para o desenvolvimento. "Ambos são portos-indústria, e este acordo servirá para nossa organização em terra. É uma parceria muito atraente para ampliar os negócios entre os dois países", comemorou Aires.
Em 2009, Suape faturou aproximadamente R$ 50 milhões, ante os R$ 45 milhões do ano anterior, com lucro de R$ 5 milhões, superando as estimativas anteriores. "Mesmo com a crise o ano foi muito bom para nós, e este ano pretendemos faturar 10% a mais que no ano passado", informou Aires. Já em relação à movimentação de cargas, que vinha crescendo a taxas de 20% ao ano até a chegada da crise financeira internacional, o porto fechou a movimentação de 2009 com uma queda de 10%. Contabilizando 9 milhões de toneladas movimentadas ano passado, Suape viu maior demanda por granéis líquidos e sólidos, além de um acréscimo significativo de cargas conteineirizadas.
Com mais de 100 empresas instaladas e 20 outras em fase de implantação, o Complexo muda o perfil da economia pernambucana através da formação de novas cadeias produtivas. Refino de petróleo e construção de navios agora fazem parte da matriz industrial pernambucana, superando o cenário anterior, dominado por contêineres e granéis.
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http://www.ntcelogistica.org.br/noticias/materia_completa.asp?CodNoti=39208Fonte: DCI e NTC Logística