Não existe um caminho único para uma cadeia de abastecimento eficiente

A pergunta mais freqüente que os executivos de Supply Chain fazem é: qual a solução para se ter uma cadeia de abastecimento eficiente, com o balanceamento correto entre o serviço desejado e os custos? Os gestores normalmente tendem a focar as ações em suas áreas de expertise, em detrimento daquelas que poderiam trazer maior impacto para a estratégia de negócios. Mas qual seria a solução ideal? Vamos a análise de algumas alternativas:
->Sinergias e ganhos de escala - montar uma estrutura logística que permita sinergias e ganhos de escala, operando de maneira otimizada em função da característica física dos produtos e serviços oferecidos, respeitando os requisitos de entrega dos clientes e a disponibilidade dos modais de transportes, reduzindo custos e aumentando o nível de serviço a clientes.
->Aumento na disponibilidade dos insumos - definir uma estratégia de suprimentos que leve em conta a disponibilidade dos insumos produtivos ou de suporte, a quantidade de fornecedores habilitados e qualificados e a criticidade dos materiais envolvidos, respeito aos prazos do ciclo operacional e aos padrões de qualidade estipulados pelas áreas de desenvolvimento técnico. Além de diminuir as rupturas no atendimento dos pedidos temos potenciais economias no custo de produtos e serviços.
->Adequação da demanda - alinhar a demanda da equipe comercial com as restrições da cadeia produtiva, atentando para a capacidade de reação operacional às oscilações de mercado, sazonalidade e o conjunto de atividades promocionais que alteram a curva regular de participação do produto ou serviço no seu ambiente mercadológico.
->Troca de informações com parceiros - garantir resposta rápida e qualificada às oportunidades de ocupação de espaço no mercado de atuação em função do aumento da previsibilidade e confiabilidade nas relações de fornecimento entre os parceiros comerciais, com benefícios concretos no abastecimento, redução de estoques e rupturas por um planejamento inadequado.
->Revisão de unidades operacionais - rever a malha de distribuição e a localização das unidades fabris em um país com as dimensões territoriais do Brasil é fundamental, podendo ocasionar ganhos com fretes de transferência e entregas e potenciais economias com tributos.
->Apropriação de benefícios tributários - além de se apropriar dos benefícios existentes, considerar novas alternativas de isenção ou postergação no pagamento de tributos. As autoridades são normalmente sensíveis a propostas de concessão de incentivos fiscais pela abertura de operações em suas regiões de atuação, com geração de novos postos de trabalho e aumento do volume financeiro local.
Qual das alternativas acima é a melhor? Todas as mencionadas, além de outras que certamente irão surgir num processo contínuo de melhoria na cadeia, são válidas e devem ser perseguidas.
A prioridade a ser definida num processo de criação de uma cadeia de abastecimento eficiente e alinhada com objetivos estratégicos vai depender de uma série de fatores, tais como:
• Impacto nos resultados financeiros;
• Disponibilidade de recursos para executar os projetos em cada área de oportunidade;
• Capacitação interna para gestão de cada um dos processos da cadeia;
• Nível de sofisticação tecnológica e organizacional dos parceiros;
• Movimentação dos concorrentes e do mercado de atuação;
• Atendimento a exigências de parceiros dominantes na relação comercial;
• Fatores externos, como mudanças nos cenário econômico ou político na área de atuação da organização.
Um questionamento fundamental é: como evoluir na direção correta em um cenário de transformações constantes e velocidade de inovações crescente? Não podemos esquecer que a gestão da cadeia de abastecimento é um processo de prestação de serviço às áreas de geração de demanda, que tem uma expectativa normalmente alta em relação ao suporte prestado pelas áreas de retaguarda. Por Carlos Montagner (UOL)

Fonte: Aslog

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