Participação do transporte rodoviário caiu de 58% para 52% em 2011 e deve continuar caindo, segundo o secretário de Política Nacional de Transporte, Marcelo Perrupato. Crescimento das ferrovias pode alterar Plano Nacional de Logística e Transporte
O crescimento da participação do modal ferroviário na divisão
da matriz de transportes do País superou as expectativas e pode forçar o
governo federal a revisar a meta do Plano Nacional de Logística e
Transporte (PNLT), que previa o modal ocupando 36% do montante em 2025,
uma vez que, já em 2011, foi registrado que as ferrovias respondem por
30% de toda carga transportada.
A informação foi dada ontem (06) pelo secretário de Política Nacional de Transporte do Ministério dos Transportes,
Marcelo Perrupato, no painel de abertura do 1º Congresso
Metroferroviário Brasileiro, em São Paulo, realizado na feira Brasil nos
Trilhos, evento que conta com apoio de mídia do Portal Transporta
Brasil.
Em 2005, quando o PNLT foi lançado, o segmento ferroviário respondia
por 25% da matriz de transporte e o sistema rodoviário por 58%. Já no
ano passado, o rodoviário caiu para 52% e o ferroviário subiu cinco
pontos.
Segundo Perrupato, a revisão deverá elevar a meta do ferroviário para
40%, trazendo equilíbrio entre as modalidades, inclusive com o
rodoviário, que, segundo ele, deve continuar caindo.
Perrupato atribuiu o crescimento do modal ferroviário ao aumento do
transporte de commodities por trens, graças aos investimentos feitos em
ferrovias e em terminais e citou como exemplo, o aumento do transporte
de soja do Mato Grosso com construções de ramais e terminais pela ALL
Logística em direção aos processadores de grãos e aos portos de Santos
(SP) e Paranaguá (PR). Isso, segundo ele, já está refletindo na retirada
de 800 mil caminhões das rodovias por ano.
Por outro lado, ele defendeu os investimentos do governo na ferrovia
Nova Transordestina, como elemento indutor de desenvolvimento da região e
que, segundo ele, já está atraindo investimentos ao longo da linha em
construção, com crescimento muito superior às regiões Sul e Sudeste.
Fonte: ANTF
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