Portos fazem parte do plano do governo federal de investimentos que também inclui rodovias, aeroportos e ferrovias
A companhia de transporte de contêineres Maersk Line, uma unidade da
dinamarquesa A.P. Moller-Maersk, tem interesse em participar das futuras
concessões de espaços portuários no Norte e Nordeste do Brasil, afirmou
o presidente-executivo da unidade brasileira da companhia, Peter Gyde,
nesta quinta-feira.
"Há projetos em Suape, perto de Recife, e Manaus para concessões que
têm sido adiadas. Estamos interessados em participar como grupo, mas
precisamos que as concessões ocorram", disse o executivo em entrevista à
Reuters.
Para Gyde, as regiões são as de maiores crescimentos do país, mas
também as que possuem mais problemas de infraestrutura, o que eleva as
necessidades de investimentos.
Os dois portos fazem parte do plano do governo federal de
investimentos em portos, dentro do Programa de Investimentos em
Logística que também inclui rodovias, aeroportos e ferrovias.
Problemas em portos têm afetado resultados de empresas, como foi o
caso da ALL que viu seus volumes transportados nas ferrovias cair em
meio a gargalos em portos.
Para Gyde, há muitos desafios em portos que envolvem também
burocracia e investimento nos acessos rodoviários e ferroviários, embora
ele tenha ressaltado que em Santos houve melhoras com a inauguração dos
terminais BTP e Embraport.
"Em Santos houve muitos investimentos. É preciso agora ter apoio na chegada no porto", disse.
A Maersk Line prevê que os volumes transportados em contêineres
cresçam de 5 a 6 por cento em 2014, o que representa um desempenho
estável ante 2013, quando houve crescimento de 5,1 por cento no comércio
internacional via contêiner.
Mas além dos problemas de infraestrutura, a Maersk indicou
preocupações com os possíveis impactos de um racionamento de energia na
indústria, no comércio também no crescimento do PIB.
COMÉRCIO INTERNACIONAL:
A Maersk divulgou nesta quinta-feira um relatório de comércio
internacional, que mostrou aumento de 2,2 por cento em janeiro no
Brasil. As importações subiram 6,7 por cento, enquanto as exportações
caíram 3,6 por cento.
Para a empresa, o crescimento nas importações decepcionou. Segundo o
diretor comercial da empresa, Mario Veraldo, esperava-se crescimento de
dois dígitos nas importações, influenciado por produtos como televisores
e sistemas de som, com a chegada da Copa do Mundo.
"Deveria ter sido maior, principalmente na cadeia de manufaturados", disse.
Sobre o recuo de exportações, Veraldo considerou o comportamento
normal, devido a safra de algodão. "Tivemos aumento na soja, em
celulose, mas algodão caiu muito porque a safra foi bem menor", disse.
De acordo com a Maersk, as exportações de soja saltaram 91 por cento e
as de papel e celulose aumentaram 16 por cento, enquanto as vendas de
algodão recuaram 70 por cento, ofuscando o desempenho geral das
exportações de cargas secas.
Fonte: Portal Administradores.com.br
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