Brasil não tem sistema de logística 'compatível' com produção, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (12) que o Brasil não possui um sistema de logística compatível com o volume de produção de mercadorias. Em cerimônia de inauguração de um duto de escoamento de etanol, em Ribeirão Preto, Dilma afirmou que o governo “faz um grande esforço” para melhorar as rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos do país.

“Nós estamos apostando muito que o Brasil precisa de uma nova logística. [...] Tenho desde o início do governo adotado medidas para enfrentar um dos grandes desafios do nosso país, que é expandir e modernizar a logística”, afirmou.

No discurso, a presidente citou a concessão para concessão de serviços de transporte. "O Brasil não tem um sistema ferroviário compatível com a sua produção. Estamos dando um passo ousado na busca de um sistema ferroviário e chegamos à fase de licitação. Essas licitações ocorrerão de agosto até abril."

Dilma disse que o governo vai expandir em 10 quilômetros em ferrovias e duplicar as estradas em 1,5 mil quilômetros. De acordo com ela, as os primeiros leilões de rodovias ocorrerão no dia 18 de agosto, e o segundo leilão será feito até dezembro.

A presidente também destacou as concessões de aeroportos e lembrou que o leilão dos aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Minas Gerais) será no dia 31 de outubro, data já anunciada pelo governo.

“Como o Brasil é um país de limites continentais também faremos grande esforço de investimentos em 270 aeroportos regionais.” A presidente também falou da importância de investimentos na estrutura hidroviária e disse que pretende transformar o rio Tietê em uma malha navegável.
 
Etanol
 
Dilma também afirmou que o governo continuará a investir na produção e transporte de etanol.
“Não podemos deixar de lembrar que também vamos fazer uma licitação do pré-sal. A gasolina e o etanol são dois combustíveis que mantém uma relação. Essa reserva gigantesca que é a reserva do campo de Libra é muito importante, mas ela não significa que vamos reduzir os investimentos em etanol”, disse.

Dilma lembrou que o Brasil enfrentou oposição ao iniciar o projeto de expansão da produção de etanol. Segundo ela, países estrangeiros divulgavam que haveria plantação de cana na Amazônia, o que não era verdade. “A distância de Ribeirão Preto para a Amazônia é a mesma de Lisboa para Moscou”, destacou.

De acordo com a presidente, hoje o etanol é reconhecido como um combustível “limpo”. “O etanol não compromete o meio-ambiente, ele poupa gases do efeito estufa na medida em que é um combustível limpo e renovável.”

Fonte: G1.globo.com

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