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O pacote de investimentos no setor portuário, em elaboração
pelo governo federal, vai abranger também a resolução de problemas de
acesso aos terminais. Além de novas concessões e de uma atualização no
marco regulatório, o pacote conterá um conjunto de novos investimentos
em rodovias e ferrovias para facilitar a chegada dos produtos
brasileiros aos portos, onde serão embarcados para a exportação.
A maior parte desses projetos já foi incluída no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC). É o caso, por exemplo, da avenida
perimetral, na margem esquerda do Porto de Santos, uma obra de R$ 71
milhões, e outras obras de adequação de trevos na entrada da cidade no
valor de R$ 376 milhões.
Por decorrência dessas obras, o pacote receberá recursos extras, além
dos R$ 40 bilhões previstos. Dados preliminares apontam para algo na
casa dos R$ 200 milhões. Eles beneficiarão portos como o de Santos, Rio
de Janeiro e Pecém (CE), entre outros.
O acesso terrestre ao porto é apontado como um gargalo pelo presidente do Porto de São Francisco do Sul (SC), Paulo Corsi. Ele explicou que a capacidade operacional aumentou, por isso o volume de carga também cresceu e isso causou um estrangulamento na chegada ao porto. A intenção é duplicar a rodovia de acesso, mas a obra ainda não começou.
O acesso terrestre ao porto é apontado como um gargalo pelo presidente do Porto de São Francisco do Sul (SC), Paulo Corsi. Ele explicou que a capacidade operacional aumentou, por isso o volume de carga também cresceu e isso causou um estrangulamento na chegada ao porto. A intenção é duplicar a rodovia de acesso, mas a obra ainda não começou.
Investimentos
O foco do governo ao elaborar o pacote, segundo informou o
ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Leônidas
Cristino, é atrair mais investimentos privados. As estimativas indicam
que em 2030 os portos brasileiros movimentarão 2,2 bilhões de toneladas
de cargas, o que exigirá uma forte expansão da infraestrutura. Em 2011,
foram movimentados 886 milhões de toneladas, segundo dados da Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
“Vamos dar condição de investimento para a iniciativa privada”,
prometeu o ministro. Ele disse estar seguro que as medidas darão um
impulso a novos projetos.
Hoje, há basicamente dois tipos de porto em funcionamento no País: os
chamados portos organizados, que somam 34 e pertencem à União, e os
terminais de uso privativo, que são mais de 120 e movimentam carga de
uma única empresa. Os números da Antaq mostram que por eles passaram 577
milhões de toneladas no ano passado, enquanto nos chamados portos
organizados passaram 309 milhões de toneladas.
Há uma pressão para que, no pacote, os terminais de uso privativo
sejam autorizados a movimentar cargas de terceiros. Quem defende a ideia
acredita que eles estabelecerão concorrência com os portos e isso
ajudará a baixar preços.
Com informações da Agência Estado via Portal Transporta Brasil
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