Como o estímulo ao crédito e ao consumo se mostrou insuficiente para uma reação consistente do Produto Interno Bruto (PIB), o governo federal vai mudar de estratégia. Com uma nova política de concessões, tentará reaquecer a economia via investimentos privados em infraestrutura, ao mesmo tempo removendo gargalos que atrasam o desenvolvimento. As medidas, que incluem ainda corte de impostos, devem ser apresentadas na terça-feira da próxima semana, 7 de agosto, em Brasília.
Nos bastidores, o novo pacote que engloba portos, aeroportos, rodovias e ferrovias é chamado de PAC da Infraestrutura ou das Concessões. "O governo está analisando o problema de infraestrutura e avaliando o que pode administrar por conta própria e o que não tem como gerenciar para partir para privatização ou Parcerias Público-Privadas (PPPs) com objetivo de acelerar a economia. O governo não pode fazer tudo sozinho. Isso pode significar uma melhor infraestrutura, que hoje é um grande problema e fator de perda de competitividade", avalia o industrial gaúcho José Antonio Fernandes Martins, que já ajudou o governo federal a moldar medidas de socorro às indústrias.
As ferrovias terão destaque no pacote, com o reconhecimento de que a estatal federal Valec, também envolvida em denúncias de superfaturamento, não tem condições de ampliar a malha sozinha. Segundo Rodrigo Vilaça, diretor executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o setor espera o anúncio de um modelo que dê condições de a iniciativa privada participar da construção de novas estradas de ferro, enquanto o governo se concentra na regulação. Entre os projetos que interessam o capital privado, está o prolongamento da ferrovia Norte-Sul que corta o Estado e chega ao Porto de Rio Grande, afirma Vilaça.
Fonte: Intelog
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