ADM inicia obras de usina de biodiesel em Santa Catarina

A ADM, gigante norte-americana do agronegócio, anunciou nesta quarta-feira (13/07) que iniciou a construção da unidade de fabricação de biodiesel na cidade de Joaçaba, localizada no oeste do estado. A fábrica, segundo a diretoria da ADM, recebeu um aporte de R$ 100 milhões e vai utilizar a soja como matéria-prima principal para a fabricação do biodiesel. A unidade deve entrar em atividade no final de 2012.
Com o projeto, a ADM passará a ter uma capacidade produtiva de 164 mil toneladas/ano de biodiesel, um aumento de 50% em relação a capacidade atual do grupo. Hoje, a empresa atua no segmento com uma unidade de fabricação do produto em Rondonópolis, no Mato Grosso. A unidade em Santa Catarina será construída ao lado da unidade de coleta e processamento de soja que o grupo já possui na região (com capacidade para processar 480 mil toneladas de soja em grão e fabricar 73 mil toneladas de óleo refinado).
Também foi anunciado nesta semana uma fábrica de biodiesel em Sorocaba, interior de São Paulo. A unidade será a segunda de propriedade da Bioverde, que já possui uma unidade em atividade na cidade de Taubaté, também no interior. O aporte é de R$ 150 milhões e tem participação do banco de investimentos Trendbank. Ailton Domingues Braga, presidente da empresa, diz que a fábrica deve entrar em atividade em dezembro deste ano.
De acordo com o executivo, 85% do biodiesel fabricado utilizará a soja como matéria-prima, mas o objetivo é transformar a unidade em uma unidade de pesquisa de 'químicas verdes'. Braga afirma que a empresa busca outras oleaginosas para fabricar o produto e isso deve estimular produtores rurais de várias partes do país. Mas esta estratégia também serve para que a Bioverde possa "fugir" dos preços da soja. "A soja é uma commodity de preço internacional e, portanto, sujeita a oscilações e distorções, e ainda não temos um marco regulatório para o setor", pondera.
Segundo a União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), o governo federal está perto de anunciar um novo marco regulatório para o setor. A medida era esperada para o fim de 2010, mas não aconteceu. A entidade afirma que os investimentos feitos no setor seriam suficientes para atender uma demanda de B10 (10% de biodiesel misturado ao óleo diesel convencional) em 2014, B17 em 2018 e de B20 em 2020. Atualmente, o Brasil utiliza a mistura de 5% ao diesel mineral. Países como Argentina e México já utilizam o B10.

Fonte: Globo Rural

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