Hidrovia Juruena-Tapajós é prioritária para reduzir custos na Amazônia Legal, conclui estudo

A criação das hidrovias Juruena-Tapajós e Teles Pires-Tapajós e a duplicação da Estrada de Ferro Carajás são consideradas as obras de infraestrutura que mais contribuirão para reduzir os custos logísticos dos nove estados que formam a Amazônia Legal, de acordo com a movimentação de carga projetada para 2020. A indicação é do Projeto Norte-Competitivo, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) à consultoria Macrologística. Atualmente, a região gasta R$ 17 bilhões por ano com transporte e armazenamento de carga, valor que deverá chegar a R$ 33,5 bilhões em 2020 caso o Governo Federal não apresente resposta para reverter este panorama
O Projeto Norte-Competitivo selecionou nove eixos prioritários de integração para a redução dos custos logísticos nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. A escolha dos nove eixos em relação aos 42 eixos identificados pelo levantamento, explica o autor do estudo, Olivier Girard, é fundamental para que o retorno dos investimentos aconteça rapidamente. Afinal, executar as 151 obras necessárias, de acordo com o Projeto, demandaria o investimento imediato de R$ 51,8 bilhões e o acúmulo de licenças em institutos ambientais e de patrimônio histórico.

Corredores hidroviários e ferroviários são os que garantem
maior economia na movimentação de cargas produzidas
na Amazônia Legal, segundo o Projeto Norte Competitivo


Entre as obras apontadas como prioritárias pelo Projeto, destacam-se também as melhorias necessárias na Rodovia Belém-Brasília. Com a aplicação de R$ 243,56 milhões no trajeto, os produtores da Amazônia Legal teriam a economia anual de R$ 355,60 milhões em torno de 2020. Com isso, diz Girard, o investimento se pagaria em míseros 0,7 anos. Pensando nos volumes movimentados atualmente, se faz urgente a extensão da Hidrovia Paraguai-Paraná desde Morrinhos, em Goiás. A obra exige o investimento de R$ 255 milhões e se pagaria em 1,9 anos.
Girard alerta para os benefícios que a indústria da região Norte e do Brasil em geral teria ao usufruir dos eixos de integração destacados no levantamento. “Temos que acordar para a urgência dos investimentos em infraestrutura. Somos um dos países mais competitivos do mundo em diversos produtos. No entanto, basta sair da fábrica ou da fazenda e já começamos a perder competitividade”.





Fonte: Porto Gente

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