“Expansão de Suape é benéfica”

Quem apostar que a invejável expansão e a profundidade do calado de 16,5 metros do Porto de Suape, em Pernambuco, vai sufocar qualquer pretensão econômica dos 20,7 mil metros quadrados de área construída do Porto de Cabedelo, poderá perdê-la. A estratégia do atual presidente da Docas é transformar o porto paraibano em “feeder”, uma espécie de porto alimentador de cargas e serviços não apenas de Suape, mas também de Itaqui, no Maranhão, do Pecém, em Fortaleza, do Porto de Recife e do Rio Grande do Norte.
“A expansão do Porto de Suape é benéfica para Cabedelo. Recife e João Pessoa são as duas capitais muito próximas. Hoje o Porto pernambucano já tem um “over flow” de 18%, ou seja, há sobras de cargas e serviços que a Companhia Docas poderá dar suporte aos portos vizinhos. Nossa vocação nas atuais circunstâncias é ser um porto “feeder”, isso significa que seremos um porto alimentador dos outros com rotas de cabotagem. Já estou em entendimento com os portos de Itaqui, no Maranhão e o Porto de Rio Grande do Sul. O objetivo inicial é termos uma rota de cabotagem para unir interesses logísticos entre os extremos e o meio do país. Nesse sentido, Cabedelo se encontra num ponto estratégico. Temos que aproveitar isso”, defendeu Wilbur.
Contudo, o presidente da Docas lembra que para ser um porto alimentador ser` preciso rever os acessos da cidade portuária. “Há apenas uma via de entrada e saída em Cabedelo. Precisamos ampliar as ruas que margeiam a linha férrea para incrementar a logística e aumentar a segurança de evacuação da cidade, em caso de emergência. Cabedelo ainda não tem uma política municipal de segurança e o Porto ir` apoiar a comunidade neste pleito”, revelou.
Outro ponto estratégico será buscar incremento das ferrovias da Paraíba. “Temos que usar isso para transporte de cargas. Embora não seja um atribuição da companhia Docas, preciso provocar esse sentimento e estimular o uso desse modal. Só há crescimento econômico com logística, infraestrutura e formação profissional”, finalizou.

Fonte: Jornal da Paraíba

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