Desde meados de 2000 vimos solicitando a criação do nosso Mincex -Ministério do Comércio Exterior. Ou, quiçá, conforme o pedido de alguns colegas, um Ministério do Comércio Exterior e Logística. A sigla poderia ser Mincelog, embora se pareça mais com nome de medicamento. E isso é bom, quem sabe, um remédio para esses assuntos.
No início da década, acreditávamos que o atual Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) sofreria essa transformação. Em especial que a Camex tinha um excelente secretário executivo para a posição. Entendíamos que o País caminhava celere e inexoravelmente para isso. Que o status era apenas questão de tempo. O Mdic deixaria esta parte internacional, trabalhando em conjunto, claro, como o novo ministério.
Mas nos decepcionamos uma vez mais, no início de 2003. Achamos que, uma vez mais, o trem da história foi perdido. E, pior, em plena estação. Nomeamos para o ministério uma figura de peso do comércio exterior. De quebra, criamos uma montanha de novos ministérios. Mesmo assim, o comércio exterior e a logística continuaram no limbo. Sempre como atividade marginal.
Voltamos ao assunto por várias razões. Uma é que breve vamos ter novo governo e, quem sabe, possamos influir na formação do novo ministério. Também temos a situação do retrocesso no comércio exterior, sobre o qual muita tinta, papel e tela têm sido gastos. Em 2009 voltamos a 1974. Retornamos à situação de exportadores de produtos primários Não bastasse isso, vendemos à China minério de ferro, e dela importamos trilhos. Pagando várias vezes mais. Seria cômico, não fosse trágico, conforme o popular ditado.
Nossa participação no comércio mundial continua aquém das reais potencialidades do País. Continuamos, como sempre, representando cerca de 1% na corrente de comércio das transações internacionais. Nossa exportação com cerca de 1,2%. Relembrando que já tivemos dias mais gloriosos, com 2,37% na exportação em 1950. Aqui também regredimos à metade. Ou seja, estamos em época de retrocesso. Também em relação ao nosso produto interno bruto (PIB) o comércio exterior representa menos de 20%. O mundo transaciona cerca de 50% do PIB mundial.
Alguém poderia indagar o que representa este novo ministério E como ele pode ajudar. Entendemos que pode centralizar todas as ações de comércio exterior. De modo a se ter uma uniformidade no trato da matéria. Acabar com a questão de cada personagem puxar a brasa para sua sardinha. Como se o comércio exterior fosse feito por partes, não por um todo. Mas não pensemos que o assunto estará resolvido apenas criando-se o novo ministério. Na realidade, aí é que começa o grande trabalho. É preciso aglutinar todas as cabeças debaixo deste único chapéu. Traduzir o esforço burocrático empreendido e conseguido, em ações efetivas de exportação e importação.
É preciso que saiamos desta humilhante posição de uma das piores relações mundiais de comércio exterior. O País precisa assumir, finalmente, um posicionamento coerente com seu tamanho. Com suas potencialidades. Com seus recursos naturais. Com seu imenso território, o maior do planeta em termos agricultáveis.
Portanto, prezados "fazedores" do nosso comércio exterior, novo governante, empresários, estes os verdadeiros artífices da produção, exportação e importação - ninguém pode se esquecer de que quem faz é a empresa, o empresário, não o governo -, vamos todos entrar numa nova era. Acompanhar um novo governo e uma nova década que se inicia.
É mister a criação desse novo ministério. A aglutinação dos mais de 300 órgãos envolvidos no comércio exterior. Que o País comece a ter uma política para a área. Que tenhamos uma lei única de comércio exterior.
Precisamos finalmente ter olhos para esta importante área do desenvolvimento. É necessário criarmos uma cultura na área, e isso nós não temos. A criação de um plano de desenvolvimento dará as diretrizes necessárias para o futuro e as ações que levem a tornar o País um player de peso nessa área.
Fonte: DCI - São Paulo
Mas nos decepcionamos uma vez mais, no início de 2003. Achamos que, uma vez mais, o trem da história foi perdido. E, pior, em plena estação. Nomeamos para o ministério uma figura de peso do comércio exterior. De quebra, criamos uma montanha de novos ministérios. Mesmo assim, o comércio exterior e a logística continuaram no limbo. Sempre como atividade marginal.
Voltamos ao assunto por várias razões. Uma é que breve vamos ter novo governo e, quem sabe, possamos influir na formação do novo ministério. Também temos a situação do retrocesso no comércio exterior, sobre o qual muita tinta, papel e tela têm sido gastos. Em 2009 voltamos a 1974. Retornamos à situação de exportadores de produtos primários Não bastasse isso, vendemos à China minério de ferro, e dela importamos trilhos. Pagando várias vezes mais. Seria cômico, não fosse trágico, conforme o popular ditado.
Nossa participação no comércio mundial continua aquém das reais potencialidades do País. Continuamos, como sempre, representando cerca de 1% na corrente de comércio das transações internacionais. Nossa exportação com cerca de 1,2%. Relembrando que já tivemos dias mais gloriosos, com 2,37% na exportação em 1950. Aqui também regredimos à metade. Ou seja, estamos em época de retrocesso. Também em relação ao nosso produto interno bruto (PIB) o comércio exterior representa menos de 20%. O mundo transaciona cerca de 50% do PIB mundial.
Alguém poderia indagar o que representa este novo ministério E como ele pode ajudar. Entendemos que pode centralizar todas as ações de comércio exterior. De modo a se ter uma uniformidade no trato da matéria. Acabar com a questão de cada personagem puxar a brasa para sua sardinha. Como se o comércio exterior fosse feito por partes, não por um todo. Mas não pensemos que o assunto estará resolvido apenas criando-se o novo ministério. Na realidade, aí é que começa o grande trabalho. É preciso aglutinar todas as cabeças debaixo deste único chapéu. Traduzir o esforço burocrático empreendido e conseguido, em ações efetivas de exportação e importação.
É preciso que saiamos desta humilhante posição de uma das piores relações mundiais de comércio exterior. O País precisa assumir, finalmente, um posicionamento coerente com seu tamanho. Com suas potencialidades. Com seus recursos naturais. Com seu imenso território, o maior do planeta em termos agricultáveis.
Portanto, prezados "fazedores" do nosso comércio exterior, novo governante, empresários, estes os verdadeiros artífices da produção, exportação e importação - ninguém pode se esquecer de que quem faz é a empresa, o empresário, não o governo -, vamos todos entrar numa nova era. Acompanhar um novo governo e uma nova década que se inicia.
É mister a criação desse novo ministério. A aglutinação dos mais de 300 órgãos envolvidos no comércio exterior. Que o País comece a ter uma política para a área. Que tenhamos uma lei única de comércio exterior.
Precisamos finalmente ter olhos para esta importante área do desenvolvimento. É necessário criarmos uma cultura na área, e isso nós não temos. A criação de um plano de desenvolvimento dará as diretrizes necessárias para o futuro e as ações que levem a tornar o País um player de peso nessa área.
Fonte: DCI - São Paulo
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