Magazine Luiza reage e negocia duas aquisições

A nova tacada da empresária Luiza Helena Trajano deve alterar, novamente, o cenário do varejo nacional...
O Magazine Luiza, terceira maior rede de varejo eletroeletrônico no Brasil, está na reta final das negociações para fazer duas aquisições de peso, num primeiro sinal de reação à série de aquisições finalizadas pelos seus maiores concorrentes nos últimos meses. Havia grande expectativa em relação à forma como a companhia se comportaria após a megafusão de Casas Bahia e Ponto Frio e a união de Ricardo Eletro e Insinuante. A nova tacada da empresária Luiza Helena Trajano deve alterar, novamente, o cenário do varejo nacional.
Só faltam alguns detalhes para que, dentro de alguns dias, o Magazine Luiza possa anunciar a aquisição da Lojas Maia, rede paraibana com 140 lojas, cerca de R$ 1 bilhão de faturamento em 2009 e comandada pelos irmãos Maia, conforme apurou ontem o Valor. Ao mesmo tempo, a equipe do Magazine Luiza está em conversas avançadas para fechar uma transação com a Lojas Colombo, do empresário Adelino Colombo, a maior cadeia varejista do sul do Brasil. Todos os lados das negociações negam as conversas.
Se os dois negócios se confirmarem, ao se somar as duas operações à atual estrutura do Magazine, a rede passará a registrar R$ 6,1 bilhões em faturamento bruto anual (dados de 2009) e contará com 938 pontos de venda em 16 Estados brasileiros. Com isso, ela saltaria uma posição no ranking geral e se tornaria a segunda maior cadeia varejista de eletrodomésticos e móveis do Brasil. A sua principal concorrente, a Máquina de Vendas, formada pela Insinuante, Ricardo Eletro e City Lar, deve chegar a esse patamar de R$ 6 bilhões em vendas apenas no fim deste ano.
No momento, as negociações estão mais avançadas com a Lojas Maia e caminham um pouco mais lentamente com o comando da Colombo, que historicamente tem resistido às investidas das concorrentes interessadas em adquirir os ativos da rede gaúcha. A primeira operação poderia ser fechada ainda nesta semana e a segunda, na próxima, se tudo correr bem. No caso da Lojas Maia, o valor a ser pago pelo Magazine giraria em torno de R$ 300 milhões, sendo metade paga em dinheiro e metade na forma de assunção de dívidas que a rede nordestina possui e que estão sendo renegociadas com bancos.

Fonte: Valor Econômico

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