Um dos focos das ações do governo do Ceará para dar suporte à atual fase de desenvolvimento sustentável tem sido a preparação da infraestrutura de logística e de transporte. O Porto do Pecém, sem dúvida, é uma das grandes prioridades. Concentra investimentos públicos perto de R$ 600 milhões e atrai novos empreendimentos privados.
Um dos maiores desafios, contudo, na área de infraestrutura é a reestruturação das estradas estaduais. São seis mil quilômetros de rodovias asfaltadas e cinco mil quilômetros de estradas pavimentadas primárias, em condições deficitárias, há muitos anos, agravadas pelo forte inverno do ano passado e pelo direcionamento de cargas transportadas em rodovias federais.
"No momento, está sendo feita a recuperação de dois mil quilômetros de estradas estaduais e a implementação de mil quilômetros, com investimento da ordem de R$ 1,3 bilhão, dinheiro proveniente de várias fontes - Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur)", informa Francisco Adail de Carvalho Fontenele, secretário estadual de infraestrutura.
Segundo ele, foram concluídas obras em 900 quilômetros de estradas, ao custo de R$ 292 milhões, e empregados R$ 646 milhões em obras de reestruturação e implantação de mais 1.406 quilômetros. Estão em licitação obras em 620 quilômetros de estradas, de reestruturação e implantação, no valor de R$ 360 milhões. "Estamos chegando lá e com resultados positivos", avalia o secretário, que destaca várias ações do governo no setor de transporte, incluindo os modais aéreo e ferroviário.
No caso dos aeroportos, por exemplo, o plano é deixar todas as cidades com proximidade de no máximo 100 quilômetros de um aeroporto regional. O aeroporto de Aracati, distante 245 quilômetros de Fortaleza, está em fase de conclusão, com verba de R$ 14 milhões, assim como os de Camocim, no extremo norte do Estado, com custo de R$ 6 milhões, e o de Tauá, a 337 quilômetros de distância da capital cearense, orçado em R$ 5 milhões.
Foram iniciadas este ano as obras de construção e ampliação de mais cinco aeroportos regionais - São Benedito, Sobral, Jericoacoara, Limoeiro e Itapipoca -, num investimento total de quase R$ 100 milhões. Quanto ao Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, a previsão é de duplicação do terminal de passageiros e ampliação de um novo terminal, com investimentos totais de R$ 2,8 milhões, que serão garantidos pela Infraero.
Em relação ao modal ferroviário, segundo Fontenele, a revitalização da malha ferroviária no Ceará ganha força com a construção da Transnordestina, obra do governo federal, com custos estimados em R$ 4,5 bilhões. A ferrovia vai integrar sete Estados nordestinos, incluindo o Ceará, e deve escoar a produção agrícola do Norte e Nordeste, regiões carentes em logística de transporte, para os portos de Pecém e Suape (Pernambuco). Mas o governo cearense, de acordo com o secretário de infraestrutura, estuda a montagem de um sistema de transporte de passageiros pela Ferrovia Transnordestina. "A equação para a obtenção dos recursos financeiros está sendo elaborada e a obra deve custar R$ 25 milhões, entre as nove estações, linhas e trens", indica Fontenele.
Menina dos olhos do governador Cid Gomes (PSB), a linha metroferroviária entre Juazeiro e Crato, as duas maiores cidades do Cariri, entrou em operação no final de maio. Tem 13,6 quilômetros e capacidade para transportar 1,2 mil passageiros por dia. O valor da passagem é R$ 1,00.
A maior intervenção no setor de transporte urbano estadual, certamente, é o Metrô de Fortaleza (MetroFor), obra avaliada em R$ 1,6 bilhão. Segundo Fontenele, pelo menos R$ 800 milhões serão gastos na primeira metade de construção, R$ 500 milhões vindos do governo federal e R$ 300 milhões do governo estadual. São 24 quilômetros de extensão - quatro quilômetros em túneis, dois quilômetros em elevação e 18 quilômetros em superfície. Terá capacidade para duas mil pessoas, e os primeiros trens, fabricados na Itália, chegam em agosto. "A construção do metrô está dentro do escopo da Copa do Mundo e vai operar em 2011", informa o titular da secretaria.
Igualmente importante nos planos governamentais são os projetos estruturantes na área de saúde. Apenas na construção de dois hospitais - o Hospital Regional do Cariri e o Hospital Regional de Sobral, iniciado em 2009, e que estarão em operação em 2011, serão investidos R$ 232 milhões, bom parte com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo a secretária Desirée Custódio Mota, do planejamento e gestão, a grande inovação na montagem da infraestrutura no setor de saúde está na forma de gestão dos equipamentos em construção e entregues à população. "Estamos construindo mais 21 clínicas regionais, sete das quais já entregues, e previsão de terminar as outras em 2010, com investimento de R$ 146 milhões. Todas vão operar num modelo de consórcio público. Ou seja, o Estado inova no modelo de gestão", diz, acrescentando que os contratos de gestão são feitos com organizações sociais, sem fins lucrativos.
"Isso dá mais funcionalidade e agilidade ao uso dos equipamentos para os cidadãos", afirma. Além das clínicas, o governo está investindo R$ 36 milhões na construção de 16 Centros de Especialização Odontológica (CEOs), que também serão administrados no modelo de consórcios, com participação da sociedade civil, das prefeituras do interior e do governo estadual.
Fonte: Valor Online e Instituto Ilos
Um dos maiores desafios, contudo, na área de infraestrutura é a reestruturação das estradas estaduais. São seis mil quilômetros de rodovias asfaltadas e cinco mil quilômetros de estradas pavimentadas primárias, em condições deficitárias, há muitos anos, agravadas pelo forte inverno do ano passado e pelo direcionamento de cargas transportadas em rodovias federais.
"No momento, está sendo feita a recuperação de dois mil quilômetros de estradas estaduais e a implementação de mil quilômetros, com investimento da ordem de R$ 1,3 bilhão, dinheiro proveniente de várias fontes - Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur)", informa Francisco Adail de Carvalho Fontenele, secretário estadual de infraestrutura.
Segundo ele, foram concluídas obras em 900 quilômetros de estradas, ao custo de R$ 292 milhões, e empregados R$ 646 milhões em obras de reestruturação e implantação de mais 1.406 quilômetros. Estão em licitação obras em 620 quilômetros de estradas, de reestruturação e implantação, no valor de R$ 360 milhões. "Estamos chegando lá e com resultados positivos", avalia o secretário, que destaca várias ações do governo no setor de transporte, incluindo os modais aéreo e ferroviário.
No caso dos aeroportos, por exemplo, o plano é deixar todas as cidades com proximidade de no máximo 100 quilômetros de um aeroporto regional. O aeroporto de Aracati, distante 245 quilômetros de Fortaleza, está em fase de conclusão, com verba de R$ 14 milhões, assim como os de Camocim, no extremo norte do Estado, com custo de R$ 6 milhões, e o de Tauá, a 337 quilômetros de distância da capital cearense, orçado em R$ 5 milhões.
Foram iniciadas este ano as obras de construção e ampliação de mais cinco aeroportos regionais - São Benedito, Sobral, Jericoacoara, Limoeiro e Itapipoca -, num investimento total de quase R$ 100 milhões. Quanto ao Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, a previsão é de duplicação do terminal de passageiros e ampliação de um novo terminal, com investimentos totais de R$ 2,8 milhões, que serão garantidos pela Infraero.
Em relação ao modal ferroviário, segundo Fontenele, a revitalização da malha ferroviária no Ceará ganha força com a construção da Transnordestina, obra do governo federal, com custos estimados em R$ 4,5 bilhões. A ferrovia vai integrar sete Estados nordestinos, incluindo o Ceará, e deve escoar a produção agrícola do Norte e Nordeste, regiões carentes em logística de transporte, para os portos de Pecém e Suape (Pernambuco). Mas o governo cearense, de acordo com o secretário de infraestrutura, estuda a montagem de um sistema de transporte de passageiros pela Ferrovia Transnordestina. "A equação para a obtenção dos recursos financeiros está sendo elaborada e a obra deve custar R$ 25 milhões, entre as nove estações, linhas e trens", indica Fontenele.
Menina dos olhos do governador Cid Gomes (PSB), a linha metroferroviária entre Juazeiro e Crato, as duas maiores cidades do Cariri, entrou em operação no final de maio. Tem 13,6 quilômetros e capacidade para transportar 1,2 mil passageiros por dia. O valor da passagem é R$ 1,00.
A maior intervenção no setor de transporte urbano estadual, certamente, é o Metrô de Fortaleza (MetroFor), obra avaliada em R$ 1,6 bilhão. Segundo Fontenele, pelo menos R$ 800 milhões serão gastos na primeira metade de construção, R$ 500 milhões vindos do governo federal e R$ 300 milhões do governo estadual. São 24 quilômetros de extensão - quatro quilômetros em túneis, dois quilômetros em elevação e 18 quilômetros em superfície. Terá capacidade para duas mil pessoas, e os primeiros trens, fabricados na Itália, chegam em agosto. "A construção do metrô está dentro do escopo da Copa do Mundo e vai operar em 2011", informa o titular da secretaria.
Igualmente importante nos planos governamentais são os projetos estruturantes na área de saúde. Apenas na construção de dois hospitais - o Hospital Regional do Cariri e o Hospital Regional de Sobral, iniciado em 2009, e que estarão em operação em 2011, serão investidos R$ 232 milhões, bom parte com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo a secretária Desirée Custódio Mota, do planejamento e gestão, a grande inovação na montagem da infraestrutura no setor de saúde está na forma de gestão dos equipamentos em construção e entregues à população. "Estamos construindo mais 21 clínicas regionais, sete das quais já entregues, e previsão de terminar as outras em 2010, com investimento de R$ 146 milhões. Todas vão operar num modelo de consórcio público. Ou seja, o Estado inova no modelo de gestão", diz, acrescentando que os contratos de gestão são feitos com organizações sociais, sem fins lucrativos.
"Isso dá mais funcionalidade e agilidade ao uso dos equipamentos para os cidadãos", afirma. Além das clínicas, o governo está investindo R$ 36 milhões na construção de 16 Centros de Especialização Odontológica (CEOs), que também serão administrados no modelo de consórcios, com participação da sociedade civil, das prefeituras do interior e do governo estadual.
Fonte: Valor Online e Instituto Ilos
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