Nos últimos dois anos, o Porto do Pecém, situado no município de São Gonçalo do Amarante, a 56 quilômetros de Fortaleza, numa área de 330 quilômetros quadrados, recebeu investimentos de cerca de R$ 700 milhões para adequar-se ao intenso movimento de importação de cargas secas e exportações de produtos do agronegócio, um segmento em franca expansão. São dois berços de 350 metros de comprimento e 15 metros de profundidade, um moderno terminal de carga com câmaras de refrigeração e infraestrutura de acesso adequada e custos operacionais competitivos para dar vazão a 56% das exportações cearenses (72% das vendas externas de frutas), para a costa leste dos Estados Unidos, norte da Europa e Mediterrâneo.
Não foi suficiente. Para atender aos futuros empreendimentos já em andamento no Ceará, como a instalação de uma refinaria com capacidade de produção de 300 mil barris de petróleo por dia, uma siderúrgica que deverá produzir oito toneladas de chapa de aço por ano, e às necessidades da Ferrovia Transnordestina, no trecho cearense, com previsão de transportar 12 milhões de toneladas de minério de ferro/ano, o Porto do Pecém entrou novamente em ebulição.
Está em vias de ser licitado um projeto de ampliação do terminal portuário do Pecém, envolvendo recursos da ordem de R$ 1,3 bilhão. "Estamos formatando os meios de captação dos recursos para construir esse novo cenário no Pecém. O modelo de operação pode incluir uma Parceria Público Privada, e a possibilidade de o Banco Mundial entrar com um financiamento de US$ 700 milhões", diz Erasmo da Silva Pitombeira, diretor-presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceará (CearáPortos), responsável pelo gerenciamento do porto.
O projeto de ampliação prevê a construção de uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1,8 mil metros de extensão, pavimentação de mil metros sobre o quebra-mar, construção de 930 metros de cais de atracação com três berços para exportação de placas produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém, dois piers de granéis líquidos para as operações da futura refinaria, um píer de granéis sólidos para a operação da Transnordestina Logística e edificações de apoio. "A ideia é dar ao porto maior velocidade de operação, dotando-o de tecnologia avançada para movimentação de carga, com uso de guindastes modernos sobre roda, menos burocracia e preço diferenciado", diz.
Segundo ele, numa visão de futuro, de médio prazo, discute-se a possibilidade de transformar o Porto do Pecém num grande "hub port" - ou seja, receber grandes navios, enquanto navios menores fazem cabotagem e distribuem a mercadorias para portos brasileiros de menor calado. Esse potencial, de acordo com o executivo, está associado à ampliação do Canal do Panamá, por onde poderão transitar navios de grande porte; eles exigirão condições especiais de calado, e o Porto do Pecém está exatamente na rota marítima por onde passa uma parte substancial do comércio mundial. "É um grande desafio, mas as negociações estão encaminhadas e o Pecém pode mostrar que tem condições de se tornar viável economicamente", afirma.
Fonte: Valor Online
Não foi suficiente. Para atender aos futuros empreendimentos já em andamento no Ceará, como a instalação de uma refinaria com capacidade de produção de 300 mil barris de petróleo por dia, uma siderúrgica que deverá produzir oito toneladas de chapa de aço por ano, e às necessidades da Ferrovia Transnordestina, no trecho cearense, com previsão de transportar 12 milhões de toneladas de minério de ferro/ano, o Porto do Pecém entrou novamente em ebulição.
Está em vias de ser licitado um projeto de ampliação do terminal portuário do Pecém, envolvendo recursos da ordem de R$ 1,3 bilhão. "Estamos formatando os meios de captação dos recursos para construir esse novo cenário no Pecém. O modelo de operação pode incluir uma Parceria Público Privada, e a possibilidade de o Banco Mundial entrar com um financiamento de US$ 700 milhões", diz Erasmo da Silva Pitombeira, diretor-presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceará (CearáPortos), responsável pelo gerenciamento do porto.
O projeto de ampliação prevê a construção de uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente, com 1,8 mil metros de extensão, pavimentação de mil metros sobre o quebra-mar, construção de 930 metros de cais de atracação com três berços para exportação de placas produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém, dois piers de granéis líquidos para as operações da futura refinaria, um píer de granéis sólidos para a operação da Transnordestina Logística e edificações de apoio. "A ideia é dar ao porto maior velocidade de operação, dotando-o de tecnologia avançada para movimentação de carga, com uso de guindastes modernos sobre roda, menos burocracia e preço diferenciado", diz.
Segundo ele, numa visão de futuro, de médio prazo, discute-se a possibilidade de transformar o Porto do Pecém num grande "hub port" - ou seja, receber grandes navios, enquanto navios menores fazem cabotagem e distribuem a mercadorias para portos brasileiros de menor calado. Esse potencial, de acordo com o executivo, está associado à ampliação do Canal do Panamá, por onde poderão transitar navios de grande porte; eles exigirão condições especiais de calado, e o Porto do Pecém está exatamente na rota marítima por onde passa uma parte substancial do comércio mundial. "É um grande desafio, mas as negociações estão encaminhadas e o Pecém pode mostrar que tem condições de se tornar viável economicamente", afirma.
Fonte: Valor Online
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