Roda motorizada? Sim, ela existe

Revolucionar o segmento de pneus. Essa é a ideia da Michelin ao apresentar a roda motorizada. Quem já imaginou que seria possível fabricar um carro sem motor, caixa de marchas, embreagem, transmissão e amortecedores? Pois é, mas com o “Active Wheel”, chamado pela fabricante de pneu inteligente, isso já é possível.
Conforme o detalhamento da Michelin, o “Active Wheel” transfere todos esses componentes para as rodas. E é capaz de impulsionar o veículo sem combustível, garantindo todas as funções de suspensão e frenagem.
Instalado apenas em veículos protótipos, atualmente, a roda motorizada integra um motor de tração miniaturizado e um sistema de suspensão elétrica. Segundo a Michelin, isso permite conforto idêntico ao de automóveis comuns, e com vantagem significativa para a redução de emissões de gases poluentes.
Em carros elétricos ou híbridos, que não utilizam a suspensão elétrica, a roda pode ser aplicada no eixo traseiro ou dianteiro. Já em outros veículos, a aplicação depende da potência e do tipo de uso, mas um carro pode ter as quatro rodas motorizadas ou apenas duas, na parte dianteira, o que contribui diretamente para a continuidade da fabricação de automóveis com tração em duas ou quatro rodas.
O conceito da nova roda consiste na alimentação do motor por meio de energia elétrica, que pode ser fornecida via baterias, pilha a combustível ou supercapacitadores. Por agregar suspensão elétrica e não mais mecânica, a frenagem passa a ser mais confortável, eliminando os trancos comuns em frenagens repentinas.
Uma nova era para automóveis? Talvez.
Dimensões inéditas também marcaram a presença da Michelin em um dos maiores eventos do mundo voltado para a questão da sustentabilidade – o Michelin Challenge Bibendum, criado pelo próprio Grupo e realizado no Brasil pela primeira vez na última semana.
A fabricante de pneus exibiu o conceito “Petit Pneu Michelin”, roda e pneu desenvolvidos com tamanhos reduzidos - 10 polegadas: 175/70 R10. Segundo a empresa, o desempenho do veículo com o pneu menor não deixa a desejar em relação aos pneus de 14 polegadas (175/65 R14).
As vantagens do pequeno pneu estão nos quase 40 quilos a menos no veículo, uma busca constante das montadoras que contribui para a economia de combustível e para a redução de emissão de poluentes.
De acordo com a Michelin, além de manter as características de segurança e durabilidade, com o “Petit Pneu” também é possível aumentar o espaço disponível no interior do veículo – no nível da motorização. A empresa disse que há grande possibilidade de a inovação ser estendida aos veículos de grande porte.
Para elétricos e híbridos
Dentro da ideia de que para um motor específico existe um pneu ideal, a Michelin também lançou componentes voltados para carros elétricos ou híbridos. Entre as características dos modelos estão: maior eficiência energética, maior nível de aderência e durabilidade.
Com menos borracha na área de contato com o solo, os protótipos têm diâmetro maior, o que, segundo a Michelin, minimiza o esforço para a partida do veículo, e são mais estreitos, contribuindo para a melhora da força aerodinâmica.
Essas características também permitem reduzir o consumo de eletricidade, já que o número de rotações desses pneus é menor. A maior quantidade de borracha na banda de rodagem representa, ainda, um ganho no potencial quilométrico, explicou a fabricante.

Fonte: WebTranspo

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