Garantir a idoneidade da carga durante o transporte até o consumidor final não é tarefa fácil para muitas empresas. Primeiro porque o Brasil apresenta condições precárias no que diz respeito às rodovias. Segundo um levantamento da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), 63,9% das estradas têm asfalto de má qualidade, além da falta de sinalização e acostamento, o que acarreta em um alto índice de acidentes.
Além disso, há a questão do roubo de cargas, que contabilizou ao País um prejuízo de, aproximadamente, R$ 1 bilhão apenas em 2009, de acordo com informações da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística). Foram 13.500 ocorrências no ano.
Em razão disso, a busca por seguros cresce visando suprir os prejuízos ocasionados por esses fatores. Carlos Barros de Moura, da Consultoria BarrosDeMoura e Associados, ressalta que todos “querem proteger o seu patrimônio”.
Embora no ano passado o saldo de prêmios nos seguros de transportes de mercadorias tenha caído em 9,5%, em razão de um cenário econômico desfavorável para a contratação de serviços, neste ano o setor verifica uma significativa melhora no mercado.
Apenas no primeiro bimestre, o incremento na venda de produtos foi de 15,4%, com prêmios de R$ 291,5 milhões. O seguro de transporte nacional foi o grande responsável pela alta na demanda, com crescimento de 19,1%; no que se refere a seguro de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga, a superação foi de 21,9%, de acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados). No entanto, o segmento continua com um desafio: aumentar o volume de contratações de seguros de importação e exportação, que manteve as vendas paralisadas em R$ 37 milhões, aproximadamente, no início do ano.
Contratação: pontos importantes
Para Moura, toda essa movimentação no setor é muito importante e revela que a economia está se recuperando e que os transportadores estão interessados em aprimorar os seus serviços e garantir qualidade. Porém, ao contratar um serviço de seguros é preciso atentar para certos cuidados, para que o investimento não reverta em prejuízo.
Na opinião do executivo, o seguro de transporte deve ser visto “como um mecanismo de apoio ao comércio, à circulação de mercadoria”, diz. Basicamente, três tipos de produtos estão disponíveis no mercado, um feito pelo embarcador e dois pelo transportador: seguro de transporte nacional - para o dono da carga e obrigatória -, RCTR/C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga) - feito pela empresa de transporte, cobre prejuízos de responsabilidade do próprio transportador, como colisão, capotamento e outros -, e RCF-DC (Responsabilidade Civil – Desaparecimento de Carga).
Moura alerta que “o diferencial está na qualidade e quantidade dos serviços prestados. Os serviços precisam ser ágeis e simples para reduzir custos com retrabalhos”, observa. Segundo ele, devem ser avaliadas “a capacidade da seguradora de subscrever riscos grandes e complexos, a agilidade no atendimento a consultas, transparência, flexibilidade e garantia do melhor negócio com custos atrativos”, explica.
Além disso, o segurador deve estar apto a aceitar riscos em todos os segmentos de mercado e, de preferência, oferecer serviços de gerenciamento de risco, “que não necessariamente se resumem à escolta e rastreamento de carga”, observa o consultor.
Gerenciar riscos
Calcular todas as possibilidades de risco no transporte da carga, otimizar processos logísticos e ter total controle do processo de entrega são algumas das principais características que norteiam o trabalho de gerenciamento de risco que, na opinião de Barros, é o que deve demandar maior procura no futuro.
Dentro do ciclo que integra a atividade, Barros explica que as empresas devem oferecer ampla gama de possibilidade de proteger a carga que será transportada, e isso revelará a capacidade da empresa de, realmente, gerenciar o negócio. Ele pontua: “o segurador deve fazer entrevistas nas empresas, levantar dados de procedimentos, oferecer, inclusive, cuidados com a arrumação da carga dentro do veículo, estudar rotas evitando a probabilidade de acidentes e também de roubos, entre outros fatores”, diz. “Estudos indicam que aproximadamente 70% dos sinistros no transporte de cargas podem ser evitados com planos eficazes de gerenciamento de riscos”, alerta o executivo.
Para ele, atualmente, “é muito mais interessante para o transportador trabalhar no sentido de evitar prejuízos, principalmente com o pagamento de indenizações”. Nesse sentido, as companhias de seguros se desdobram para oferecer a melhor opção de seguro para o cliente. Hoje, muitas empresas buscam inclusive integrar a tecnologia ao serviço prestado, por exemplo com “sistemas que informam pontos de alagamentos e congestionamentos para que o motorista evite transitar em pontos críticos”, conta Barros.
O consultor considera que uma qualificação a nível internacional também deve ser um diferencial. “Quando se fala de importação e exportação, a empresa que tem parcerias no mercado externo certamente apresenta um serviço mais facilitado para o cliente. E, com isso, oferece mais agilidade nos processos”.
“Nas operações de comércio internacional, o seguro de transportes tem uma importância muito especial, porque dá condições aos exportadores e importadores de elaborar um melhor planejamento dos seus fluxos de negócios”, considera.
Fonte: WebTranspo
Além disso, há a questão do roubo de cargas, que contabilizou ao País um prejuízo de, aproximadamente, R$ 1 bilhão apenas em 2009, de acordo com informações da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística). Foram 13.500 ocorrências no ano.
Em razão disso, a busca por seguros cresce visando suprir os prejuízos ocasionados por esses fatores. Carlos Barros de Moura, da Consultoria BarrosDeMoura e Associados, ressalta que todos “querem proteger o seu patrimônio”.
Embora no ano passado o saldo de prêmios nos seguros de transportes de mercadorias tenha caído em 9,5%, em razão de um cenário econômico desfavorável para a contratação de serviços, neste ano o setor verifica uma significativa melhora no mercado.
Apenas no primeiro bimestre, o incremento na venda de produtos foi de 15,4%, com prêmios de R$ 291,5 milhões. O seguro de transporte nacional foi o grande responsável pela alta na demanda, com crescimento de 19,1%; no que se refere a seguro de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga, a superação foi de 21,9%, de acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados). No entanto, o segmento continua com um desafio: aumentar o volume de contratações de seguros de importação e exportação, que manteve as vendas paralisadas em R$ 37 milhões, aproximadamente, no início do ano.
Contratação: pontos importantes
Para Moura, toda essa movimentação no setor é muito importante e revela que a economia está se recuperando e que os transportadores estão interessados em aprimorar os seus serviços e garantir qualidade. Porém, ao contratar um serviço de seguros é preciso atentar para certos cuidados, para que o investimento não reverta em prejuízo.
Na opinião do executivo, o seguro de transporte deve ser visto “como um mecanismo de apoio ao comércio, à circulação de mercadoria”, diz. Basicamente, três tipos de produtos estão disponíveis no mercado, um feito pelo embarcador e dois pelo transportador: seguro de transporte nacional - para o dono da carga e obrigatória -, RCTR/C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga) - feito pela empresa de transporte, cobre prejuízos de responsabilidade do próprio transportador, como colisão, capotamento e outros -, e RCF-DC (Responsabilidade Civil – Desaparecimento de Carga).
Moura alerta que “o diferencial está na qualidade e quantidade dos serviços prestados. Os serviços precisam ser ágeis e simples para reduzir custos com retrabalhos”, observa. Segundo ele, devem ser avaliadas “a capacidade da seguradora de subscrever riscos grandes e complexos, a agilidade no atendimento a consultas, transparência, flexibilidade e garantia do melhor negócio com custos atrativos”, explica.
Além disso, o segurador deve estar apto a aceitar riscos em todos os segmentos de mercado e, de preferência, oferecer serviços de gerenciamento de risco, “que não necessariamente se resumem à escolta e rastreamento de carga”, observa o consultor.
Gerenciar riscos
Calcular todas as possibilidades de risco no transporte da carga, otimizar processos logísticos e ter total controle do processo de entrega são algumas das principais características que norteiam o trabalho de gerenciamento de risco que, na opinião de Barros, é o que deve demandar maior procura no futuro.
Dentro do ciclo que integra a atividade, Barros explica que as empresas devem oferecer ampla gama de possibilidade de proteger a carga que será transportada, e isso revelará a capacidade da empresa de, realmente, gerenciar o negócio. Ele pontua: “o segurador deve fazer entrevistas nas empresas, levantar dados de procedimentos, oferecer, inclusive, cuidados com a arrumação da carga dentro do veículo, estudar rotas evitando a probabilidade de acidentes e também de roubos, entre outros fatores”, diz. “Estudos indicam que aproximadamente 70% dos sinistros no transporte de cargas podem ser evitados com planos eficazes de gerenciamento de riscos”, alerta o executivo.
Para ele, atualmente, “é muito mais interessante para o transportador trabalhar no sentido de evitar prejuízos, principalmente com o pagamento de indenizações”. Nesse sentido, as companhias de seguros se desdobram para oferecer a melhor opção de seguro para o cliente. Hoje, muitas empresas buscam inclusive integrar a tecnologia ao serviço prestado, por exemplo com “sistemas que informam pontos de alagamentos e congestionamentos para que o motorista evite transitar em pontos críticos”, conta Barros.
O consultor considera que uma qualificação a nível internacional também deve ser um diferencial. “Quando se fala de importação e exportação, a empresa que tem parcerias no mercado externo certamente apresenta um serviço mais facilitado para o cliente. E, com isso, oferece mais agilidade nos processos”.
“Nas operações de comércio internacional, o seguro de transportes tem uma importância muito especial, porque dá condições aos exportadores e importadores de elaborar um melhor planejamento dos seus fluxos de negócios”, considera.
Fonte: WebTranspo
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