Os portos brasileiros precisam de investimentos de R$ 42,8 bilhões, em 265 obras, para suprir a falta de áreas e para a expansão e melhoria dos acessos terrestres, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado há alguns dias.
Com a retomada da economia, aumentou a demanda de exportadores e importadores pelos serviços portuários, mas há atrasos crescentes nos embarques e nos desembarques, o que afeta a indústria, tradings e transportadores, além de reduzir a competitividade dos produtos brasileiros.
Principais vias de escoamento das exportações, responsáveis por 76,7% do comércio internacional do País, em 2007, os portos receberam em 2008 apenas 17% dos investimentos em transportes. E, mesmo com a capacidade quase esgotada, carecem de tratamento prioritário do governo.
Para enfrentar a precariedade das instalações, o Ipea afirma que é fundamental que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) "sejam executadas segundo cronogramas físicos, isto é, sem atrasos, para que o País não passe por um colapso do sistema portuário" nos próximos anos, sobretudo se a economia crescer na média de 5% ao ano.
Mal executado, o PAC prevê a aplicação de apenas R$ 9,3 bilhões nos portos e nos acessos, o que corresponde a 23% das necessidades de investimento.
O Mapeamento Ipea de Obras Portuárias, de 2009, que subsidiou o estudo, mostrou bem o atraso na construção ou recuperação de berços, píeres, terminais e pátios, além da urgência de investir R$ 2,7 bilhões em obras de dragagem e derrocamento.
O Porto de Santos, maior do País e responsável por cerca de uma quarta parte do comércio exterior brasileiro, é um bom exemplo dos problemas - congestionamentos e demora para despachar cargas. Atualmente operando com custos mais competitivos (e inferiores, segundo o Ipea, aos dos Portos do Rio, Vitória, Paranaguá, Salvador e Rio Grande), além de ter uma situação geográfica privilegiada, Santos movimentou 36,5 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses do ano e 8,9 milhões de toneladas em maio, recordes históricos, conforme os dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Fatores positivos, como a abertura do Rodoanel, permitiram aumentar o fluxo de caminhões de transporte de cargas para o litoral, mas também o das filas de espera no Porto de Santos.
A tendência, em todo o mundo, é recuperar e ampliar a capacidade dos portos existentes, e não abrir novos portos. E isso deve se aplicar a toda a infraestrutura do País.
Fonte:O Estado de São Paulo
Com a retomada da economia, aumentou a demanda de exportadores e importadores pelos serviços portuários, mas há atrasos crescentes nos embarques e nos desembarques, o que afeta a indústria, tradings e transportadores, além de reduzir a competitividade dos produtos brasileiros.
Principais vias de escoamento das exportações, responsáveis por 76,7% do comércio internacional do País, em 2007, os portos receberam em 2008 apenas 17% dos investimentos em transportes. E, mesmo com a capacidade quase esgotada, carecem de tratamento prioritário do governo.
Para enfrentar a precariedade das instalações, o Ipea afirma que é fundamental que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) "sejam executadas segundo cronogramas físicos, isto é, sem atrasos, para que o País não passe por um colapso do sistema portuário" nos próximos anos, sobretudo se a economia crescer na média de 5% ao ano.
Mal executado, o PAC prevê a aplicação de apenas R$ 9,3 bilhões nos portos e nos acessos, o que corresponde a 23% das necessidades de investimento.
O Mapeamento Ipea de Obras Portuárias, de 2009, que subsidiou o estudo, mostrou bem o atraso na construção ou recuperação de berços, píeres, terminais e pátios, além da urgência de investir R$ 2,7 bilhões em obras de dragagem e derrocamento.
O Porto de Santos, maior do País e responsável por cerca de uma quarta parte do comércio exterior brasileiro, é um bom exemplo dos problemas - congestionamentos e demora para despachar cargas. Atualmente operando com custos mais competitivos (e inferiores, segundo o Ipea, aos dos Portos do Rio, Vitória, Paranaguá, Salvador e Rio Grande), além de ter uma situação geográfica privilegiada, Santos movimentou 36,5 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses do ano e 8,9 milhões de toneladas em maio, recordes históricos, conforme os dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Fatores positivos, como a abertura do Rodoanel, permitiram aumentar o fluxo de caminhões de transporte de cargas para o litoral, mas também o das filas de espera no Porto de Santos.
A tendência, em todo o mundo, é recuperar e ampliar a capacidade dos portos existentes, e não abrir novos portos. E isso deve se aplicar a toda a infraestrutura do País.
Fonte:O Estado de São Paulo
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