Terremoto no Chile pressiona celulose

O presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, disse hoje que o terremoto que atingiu o Chile no sábado deve reduzir ainda mais os estoques do produto no mundo, o que significará uma pressão de alta sobre os preços.
"Os estoques já estão em níveis baixos no mundo. Com a parada no Chile, os estoques vão baixar ainda mais", afirmou o executivo. "Havendo falta de celulose, haverá uma pressão nos preços", acrescentou.
O Chile é o décimo maior produtor mundial de celulose, com uma produção anual próxima de 5 milhões de toneladas, conforme dados coletados pela Consultoria RISI em 2008.
De acordo com Maciel, além de paralisar fábricas, o sismo afetou o escoamento da produção e o abastecimento das fábricas, dado que o tremor prejudicou o funcionamento de portos, além de obstruir as vias de acesso às unidades produtivas.
Durante apresentação dos resultados de 2009, quando a Suzano teve o lucro recorde de R$ 878 milhões, executivos da empresa informaram que os produtores seguem com estoques reduzidos, abrindo espaço para reajuste de preços de celulose. Só neste ano, a Suzano elevou em US$ 30 a tonelada da celulose de eucalipto por três meses seguidos.
Em reais, o preço do insumo, por tonelada, já está ao redor de R$ 1,4 mil, acima da média histórica de R$ 1,36 mil, que tem como base de cálculo uma cotação média de R$ 2,31 para cada dólar, em um período de dez anos.
Os executivos da companhia também apontaram uma recuperação muito rápida no mercado de papel, onde os preços também sobem.
A companhia já aplicou neste ano um aumento de 5% nos preços de todas categorias de papéis ofertadas para a América do Norte e para a América Latina. No Brasil, a Suzano reajustou em 5% os preços de papéis não revestidos.

Fonte: Valor Econômico



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