Fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante cria a holding Máquina de Vendas



União cria empresa com faturamento de R$ 5 bilhões e 8% de participação no mercado; grupo tem planos de dobrar de tamanho em quatro anos....
A fusão entre as redes varejistas Ricardo Eletro e Insinuante anunciada nesta segunda-feira (29/03) vai criar uma holding batizada de Máquina de Vendas S.A..Juntas, elas serão a segunda maior empresa de eletroeletrônicos e móveis do País, com 8% do mercado brasileiro. O novo grupo ultrapassa os 6% de market share do Magazine Luiza, ficando atrás apenas da gigante formada pela união de Pão de Açúcar, Ponto Frio e Casas Bahia, que conta com uma participação de pelo menos 20% do mercado.
A empresa nasce com um faturamento de R$ 5 bilhões, 528 lojas em 16 estados e no Distrito Federal e presença em 200 cidades. As empresas oferecerão 4,5 mil itens em seus canais de vendas e 20 mil itens no portal de comércio eletrônico. O controle da Máquina de Vendas será compartilhado, com 50% da holding para cada uma das empresas. Ricardo Nunes, presidente da Ricardo Eletro, ocupará a presidência da nova empresa, enquanto Luiz Carlos Batista, presidente da Insinuante, ficará à frente do conselho executivo da holding.
De acordo com os empresários, a divisão do comando se deu de forma tranquila. “Nunes tem o perfil bastante comercial e voltado para o marketing. Ele está sempre no ponto de venda. Eu prefiro ficar com a parte estratégica e, por isso, vou ficar na retaguarda”, disse Batista.
Os planos para a nova varejista são ambiciosos. A Máquina de Vendas quer dobrar de tamanho em quatro anos. Neste período, a holding quer alcançar a marca de mil lojas abertas, passar dos atuais 15 mil funcionários para 30 mil e aumentar seu faturamento para R$ 10 bilhões. “Vamos conversar com empresas menores para propor fusões ou aquisições.
Esse é um caminho que vamos atuar para poder, por exemplo, entrar na região Sul, que tem suas particularidades”, afirmou Nunes. “Ainda não descartamos uma conversa com Luiza Helena [Trajano, superintendente da rede varejista Magazine Luiza].”
A nova empresa vai investir R$ 50 milhões para abrir outras 50 novas lojas ainda este ano. Desse total, 30 serão abertas no Rio de Janeiro, que passará a ter 100 lojas com a bandeira Ricardo Eletro e outras 20 serão abertas no nordeste, sob a bandeira Insinuante. Na criação desse novo grupo, a marca Ricardo Eletro será mantida no Sudeste e no Centro-Oeste, enquanto que nas regiões Norte e Nordeste, a Insinuante é que vai prevalecer.
São Paulo
Entrar no maior centro econômico do Brasil, São Paulo, é o sonho dos empresários. Segundo Nunes, isso deve acontecer em até um ano e meio. “Não podemos revelar os planos para esse estado, só posso adiantar que o modelo de loja será diferente, já que a concorrência é muito acirrada”, afirmou Nunes. O presidente da Máquina de Vendas afirmou que a empresa não deve demitir funcionários e, em relação a sobreposição de lojas, disse que deverá se dar principalmente na Bahia. A rede Insinuante conta com 80 lojas no estado e a Ricardo Eletro, com 60 lojas. “Com o crescimento do poder de consumo da classe C, concentrada especialmente na região Nordeste, o estado mostra que tem muito potencial para poder abrigar as lojas sem a necessidade de fechá-las”, afirmou Nunes. “É com esse mercado regional que pretendemos brigar pelo consumidor emergente e fazer frente ao Pão de Açúcar e Casas Bahia.”
Comércio eletrônico Criado em novembro, o braço eletrônico da Ricardo Eletro também deve se unir com o correspondente da Insinuante. Ao digitar o nome de uma ou de outra empresa, os usuários serão direcionados a um portal comum. Hoje, 7% das vendas da rede varejista mineira são feitas pela internet, enquanto, no caso da Insinuante, o percentual chega a 5%. O faturamento dos dois portais chega a R$ 1,2 milhão por dia. A base das operações do comércio eletrônico está sediada em São Paulo. “Pretendemos chegar aos R$ 250 milhões por dia. Temos muito trabalho pela frente”, afirmou Nunes. A estratégia para isso: “preço, entrega e atendimento diferenciado ao cliente.”

Fonte: Agência o Estado

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