O Brasil pode parar


Sem infraestrutura adequada ao ritmo de crescimento planejado ou esperado neste e nos próximos anos, o Brasil para. Essa certeza de especialistas e autoridades já é muito bem conhecida da sociedade. Assim como as desculpas, na maioria das vezes travestidas de números floreados, mas inócuos, para explicar a ineficiência do papel do Estado como gerador das condições básicas e essenciais para o desenvolvimento econômico e social da nação. Isso também é válido para o governo Lula. A rigor, a precariedade da atual infraestrutura, resultado de décadas de descaso e de pouco investimento, tornou-se uma das maiores barreiras ao crescimento do país.
O governo Lula, nesses últimos sete anos, desenvolveu uma agressiva política para ampliar a influência do Estado na economia e em todas as esferas da sociedade. Mas falhou muito, quando se trata de obras de infraestrutura. É o que mostra o balanço de obras do seu primeiro mandato e, também, o pífio resultado do Programa de Aceleração Econômica (PAC). Em um país que urge por infraestrutura, por exemplo, os números oficiais indicam que pouco mais de 50% da meta planejada do PAC foi alcançada, isso incluindo as inversões do setor privado, entre 2007 e 2009. Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o Brasil precisa investir R$ 88 bilhões a cada ano para equacionar os problemas. Estima-se que o governo petista investiu no período apenas R$ 24 bilhões/ano.
Ora, não faltam indicadores para justificar esse diagnóstico da inércia do governo federal. Nos transportes, 70% da malha rodoviária estão ruins ou em péssimas condições de rodagem. Esse é um dos principais motivos das perdas na produção de grãos, que chegam a 12% da safra de arroz e a 7% da de soja. Sem falar dos números recordes de acidentes com mortes, todos os dias, originados muitas vezes por essas más condições, que causam dor e prejuízos incalculáveis a famílias e à nação.

Matéria na íntegra disponível em: http://www.newscomex.com.br/mostra_noticia.php?codigo=20300

Fonte: Portal NewsComex

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