Um grupo multinacional representado pela empresa santista Seaways Engenharia pretende construir um complexo aeroportuário industrial, com investimentos da ordem de 15 bilhões de euros (cerca de R$ 38 bilhões), nos municípios de São Vicente e Praia Grande, na Baixada Santista. Se concretizado, o porto terá capacidade para operar 250 milhões de toneladas de cargas por ano, depois de 12 anos, enquanto o aeroporto receberá 20 milhões de passageiros/ano, inicialmente e, se atingida a sua plena expansão, pode passar a receber 60 milhões de passageiros/ano.
O idealizador do empreendimento, o engenheiro naval José Carlos Macedo Harouche, afirmou ao DCI que o projeto foi iniciado há quatro anos e foi apresentado às prefeituras dos dois municípios há três semanas. Roberto Francisco, prefeito de Praia Grande, também ouvido pela reportagem, demonstrou interesse no projeto, mas não há nada acertado ainda. Já Harouche conta que o negócio, se for encaminhado, terá três investidores e um parceiro de engenharia, os quais não quis identificar.
Harouche afirmou que o projeto é de tamanha dimensão que representará uma forte concorrência ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo e até ao Porto de Santos. O complexo terá uma área total de 60 km².
"Nós vamos ser concorrentes do aeroporto de Congonhas e Cumbica e temos vantagem em relação ao Porto de Santos. Por exemplo, o nosso porto está colocado em uma situação que eliminamos as correntezas e no Porto de Santos não é permitida a manobra de navios. No porto de Santos a atividade portuária se espalha pela cidade, é um porto difícil de ser administrado e isso tira a sua eficiência. Quando projetamos o nosso porto nós visamos eficiência, segurança e depois o conforto", elucidou.
Serão construídas ilhas artificiais a 7 km da praia, segundo a proposta. Em uma das ilhas ficará o porto, com calado de 20 metros, capacidade para receber 70 navios simultaneamente e áreas industriais com estaleiros e retroporto. Em outra ilha deverá ser construída com aeroporto internacional com três pistas, sendo a maior de 5,75 km, dois hotéis, shopping e recinto para atendimento turístico e estação de Trem Rápido ligando o Complexo Aeroportuário à Grande São Paulo e municípios da Baixada Santista.
Nas outras duas ilhas menores se instalarão indústrias de refino de petróleo e gás. A principal ligação entre as ilhas será por túnel aberto, que terão prolongamento para a Rodovia dos Imigrantes.
Para ser iniciado, o projeto depende de autorizações da União, estado e municípios, Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e licenciamento ambiental do Ibama. Todos os Terminais, todos os cais e Estaleiro / 2 Diques estarão prontos em quatro anos. O aeroporto com terminais para 45 milhões passageiros / ano, três pistas e as quatro estações do Trem serão concluídos em quatro anos e dois meses.
Ao todo, o engenheiro estima que sejam gerados 60 mil empregos diretos e indiretos no complexo. O projeto prevê ainda a construção de Escola Técnica e Universidade Aeroportuárias, que devem educar 10 mil jovens em 12 anos. Harouche diz que o projeto vê medidas mitigatórias do impacto ao meio ambiente. Segundo explicou, o complexo terá acesso por meio de um conjunto de viadutos, estrada multipista, pontes e túneis, de modo manter a continuidade do bioma dessa Reserva ou sobre a infraestrutura rodoviária existente. O acesso ao complexo será realizado em uma área semidevastada, a qual os empresários pretendem recuperar totalmente.
Fonte: Portal NTC Logística e Portal NewsComex
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