A Veiling Holambra,
cooperativa responsável por 45% da comercialização de flores e plantas
ornamentais no Brasil, adotou um sistema de identificação por
radiofrequência para organizar melhor a sua cadeia de suprimentos.
Segundo a cooperativa, a adoção da nova tecnologia serve para
reforçar o controle logístico de cerca de 1,1 milhão de ativos
retornávies – embalagens usadas na logística entre seus cerca de 400
fornecedores e milhares de clientes em todo o país.
O projeto, realizado no padrão global EPC e com orientação da GS1 Brasil,
consistiu na inserção de etiquetas em cestos, suportes de cestos,
carrinhos, prateleiras e porta-vasos, em que cada unidade possui um
código de identificação próprio.
A empresa responsável pela instalação da tecnologia é a Coss Consulting, de São Carlos, no interior de São Paulo, em um processo que, do planejamento à execução, levou cerca de dois anos.
Com a nova solução, o controle manual dos ativos será eliminado,
dando lugar a um controle mais rigoroso, usando antenas nos portais da
área da cooperativa, que farão a leitura automática das tags RFID
implantados nos ativos retornáveis.
De acordo com a cooperativa, o resultado imediato é a diminuição de
erros e de custos, assim como um ganho com a possibilidade de rastrear
estes equipamentos ao longo da cadeia de abastecimento.
“O acesso a
informações torna-se mais amplo, o que agrega inúmeras vantagens para a
logística e para a gestão dos ativos”, destaca a assessora de soluções
de negócios da GS1 Brasil, Patrícia Munhoz Botelho do Amaral.
O retorno do investimento da Cooperativa Veiling Holambra está
programado para um período de dois anos e meio. Somente em logística
reversa, a redução esperada é de 40% no tempo gasto com as operações
envolvendo a devolução do material circulante.
“O projeto de adoção de tecnologia RFID representa uma mudança
estratégica em toda a gestão de materiais circulantes que utilizamos em
nossas operações”, explica o gerente de logística e facilidades da
Cooperativa Veiling Holambra, Jorge Possato Teixeira.
O segmento de flores faturou cerca de $ 4,5 bilhões, segundo dados de
entidades setoriais. Desde 2006, o segmento tem registrado altas de 8% a
12% em volume e de 15% a 17% em valor. Hoje, o país tem cerca de nove
mil produtores.
NO SUL - Também focado no mercado de distribução e
venda de flores, um grupo de pesquisadores da Unisinos, em São Leopoldo,
criou o portal Cnflores, plataforma que reúne informações de produção e
demanda de fornecedores e floriculturas no estado.
Atualmente em fase de testes, a plataforma – disponível via web e
mobile – relaciona os tipos de flores disponíveis por quem produz e
informa os tipos mais solicitados por quem vende ao consumidor final.
Segundo os pesquisadores, a ideia é estruturar melhor o segmento, que
trabalha com janelas restritas de distribuição, ainda mais nos casos de
flores de corte, que contam com prazos curtos de validade.
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