O modelo de concessão de ferrovias proposto pelo governo é bom, avaliou o
senador Blairo Maggi (PR-MT), um dos maiores produtores de soja do
País. "O que está atrapalhando é que o governo quer limitar e dizer
quanto o empresário pode ganhar nesse processo", criticou. "Isso é ruim,
porque para o investidor o empreendimento vira uma operação
financeira." Porém, com agravantes: o concessionário assumirá todo o
risco da construção, sendo que não há projeto detalhado e não se sabe
exatamente qual é o custo. Na avaliação dele, a relação com o
empresariado não pode ser assim.
Para o senador e empresário, seria mais adequado o governo não limitar a
rentabilidade, como vem fazendo atualmente - no caso das ferrovias, ela
ficará entre 7,5% e 8,5% ao ano, dependendo do trecho -, e sim criar
mecanismos que inibam abuso nos preços do frete.
Considerando que as concessões são de 30 anos e que a inflação segue
como uma incerteza na economia brasileira, o senador prega maior
liberdade para os investimentos.
Ele reconheceu que a atual conjuntura econômica não é a mais adequada
para os leilões. "Existe a possibilidade de a inflação escapar ao
controle, há incertezas quanto à condução das contas públicas", disse.
"Mas torço para que dê certo."
Maggi é um grande entusiasta da Ferrovia do Centro-oeste (Fico), um
ramal que ligará o município mato-grossense de Lucas do Rio Verde a
Uruaçu (GO), onde se interligará à Ferrovia Norte-Sul. Dessa forma, a
produção de grãos da região encontrará uma saída ferroviária para o mar.
Estudos do setor mostram que o transporte por trilhos pode baratear o
custo do frete em cerca de 30%.
Para a Fico, disse, há alguns grupos analisando o negócio. Há, por
exemplo, possíveis consórcios compostos por construtoras e
transportadoras. "Para ela, há carga com potencial de crescimento",
defendeu.
Fonte: Portal NTC
Senador critica travas do modelo de concessão
Postado por
EQUIPE INFOLOGIS
/ segunda-feira, agosto 05, 2013 /
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