A BR-163 cruza o
país de norte a sul, do Rio Grande do Sul até a fronteira com o
Suriname. As obras foram iniciadas na década de 1970 mas, até hoje,
muitos trechos sequer parecem parte de uma rodovia – como constatou o
repórter do G1, Glauco Araújo.
A realidade da BR é diferente em seus vários trechos. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para escoar a produção de soja de Mato Grosso pelo norte, a BR-163 está totalmente pavimentada no estado, “e com contratos de manutenção em andamento para assegurar sua trafegabilidade”.
Cruzando a divisa, no Pará, a situação é bem diferente. Dos 1.002 quilômetros de extensão da rodovia no estado, 566 estão pavimentados. O Dnit afirma que falta pavimentar o trecho de Novo Progresso até Santarém – mas isso são mais de 400 quilômetros. Segundo o órgão, esse trecho já está “todo contratado e em obras”, e o trecho até Miritituba deve ser concluído até o final do ano.
A realidade da BR é diferente em seus vários trechos. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para escoar a produção de soja de Mato Grosso pelo norte, a BR-163 está totalmente pavimentada no estado, “e com contratos de manutenção em andamento para assegurar sua trafegabilidade”.
Cruzando a divisa, no Pará, a situação é bem diferente. Dos 1.002 quilômetros de extensão da rodovia no estado, 566 estão pavimentados. O Dnit afirma que falta pavimentar o trecho de Novo Progresso até Santarém – mas isso são mais de 400 quilômetros. Segundo o órgão, esse trecho já está “todo contratado e em obras”, e o trecho até Miritituba deve ser concluído até o final do ano.
2 mil km
Rompemos os 2 mil km na viagem de Sorriso (MT) rumo ao porto de Santos (SP). A marca foi atingida às 10h52 [horário de Brasília] na rodovia Castello Branco, nas imediações da cidade de Bofete (SP).
De acordo com o computador de bordo do caminhão, nesta segunda etapa da viagem tivemos uma economia expressiva em relação aos primeiros mil quilômetros.
Foram consumidos 512 litros ante 555 litros da primeira etapa. Segundo o caminhoneiro Adalgírio, que guia o G1 até Santos, a economia se deu pela melhor condição das rodovias neste trecho.
Castello Branco
A expedição do G1 chega à rodovia Castello Branco. Apesar de ter uma malha viária impecável, o fluxo de veículos na Castello Branco, próximo à cidade de Iaras, é muito reduzido. Esta situação contrasta, por exemplo, com a BR-163 entre Rondonópolis e Cuiabá, que está saturada pela excessiva quantidade de veículos. O caminhoneiro Adalgírio, nosso guia até o porto de Santos (SP), informou que a Castello Branco ficará mais congestionada na região de Sorocaba.
Adalgírio lembra que se não estivesse cumprindo a lei do descanso faria o mesmo percurso em dois e não em quatro dias, como é o nosso caso. Percorremos até o momento 1.874 km!
Mais buracos
Buracos na pista da Raposo Tavares na região que dá acesso a Jacarezinho. Mesmo cobrando pedágio, a rodovia neste trecho apresenta problemas na conservação da malha asfáltica. Passamos por buracos também na rodovia Orlando Quagliato.
Em passagem pelo último posto fiscal da expedição, o G1 flagrou crateras no pátio do órgão.
Os caminhoneiros precisam deixar o veículo longe da entrada do posto, que está localizado na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo.
Reta final
Na manhã desta quinta-feira (18) deixarei para trás a primeira perna da esburacada BR-163, que cruzou parte de Mato Grosso e parte do Pará, além do trecho paraense da rodovia Transamazônica para seguir viagem até o Porto de Santarém (PA). Este será o quarto dia balançando na boleia do caminhão de Biro-Biro, carregado com mais de 48 mil kg de soja. Serão mais 214 km da segunda perna da BR-163.
Pelos relatos de motoristas que voltaram de lá, enfrentaremos novamente muita terra, buraco e trechos de asfalto também ruim, precário e escasso. Deixaremos para trás histórias de atoleiros, de obras caminhando a passos de tartarugas e relatos esperançosos de motoristas que sonham em ver uma BR-163 perfeitamente trafegável. O sonho dourado da soja e dos grãos mato-grossenses sendo escoados de navio está por vir ainda.
Se a safra sempre crescente fez aparecer a rodovia como uma opção de escoamento da produção agrícola, ela ainda precisa de ações concretas e rápidas para que a rodovia BR-163 possa, realmente, ser chamada de rodovia. O que se vi até agora foi uma colcha de retalhos asfálticos e que está longe de ser totalmente costurada.
Alguns trechos da Transamazônica, entre Trairão
(PA) e Rurópolis (PA), revelaram paisagens bonitas, com vegetação verde
intensa, rios e igarapés cristalinos. Mas a atenção dos motoristas deve
permanecer na pista, pois muitos obstáculos podem estar escondidos em
buracos e valetas. Em outros pontos, a vegetação local parece querer
“engolir” a rodovia. Mas as valetas podem ser consideradas como piores
inimigas dos caminhoneiros. Foi exatamente uma valeta posicionada antes
de uma subida forte que quase Biro-Biro teve de fazer reparos no
caminhão para seguirmos viagem. O solavanco brutal que sofremos ao
passar por uma dessas valetas foi grande, mas o prejuízo maior foi para
uma das carretas, que parece ter uma das molas deslocadas, mas nada que
impedisse a continuação da viagem. A erosão nas laterais da pista em
pontos elevados também assusta quem passar por lá, justamente pelo
tamanho e peso dos caminhões.
Trânsito intenso na Transamazônica
qui, 18/04/13
por Glauco Araújo |
categoria estradas, Perrengues
A circulação de carros e caminhões na rodovia
Transamazônica foi intensa na tarde desta quarta-feira (17). Os
motoristas tinham de ficar atentos ao movimento no sentido contrário,
pois em alguns pontos era necessário que um esperasse o outro para poder
passar. A regra de boa conduta entre os caminhoneiros é dar preferência
para quem estiver carregado. O motivo é a dificuldade de
trafegabilidade do caminhão com milhares de quilos de carga, seja em
trechos de subida ou de descida.
Sem sinal na Transamazônica
Trafegando pela rodovia Transamazônica até
Rurópolis (PA), não foi preciso esperar muito tempo para ficarmos sem
conectividade, sem sinal de telefonia celular, enfim, mais daqueles
problemas que já evidenciamos em outros relatos por aqui. Assim que
saímos de Trairão (PA), foram necessários dez minutos para que isso
ocorresse. Ficamos novamente sem comunicação. Assim como nós, todos os
motoristas, de carros de passeio como também os caminhoneiros que
transportam grãos para o Porto de Santarém (PA) ficaram isolados do
mundo. E a verdadeira face da Transamazônica paraense também se mostrou
sob os eixos do caminhão do motorista Biro-Biro, responsável por minha
carona nessa aventura rodoviária. Foram 130 quilômetros de terra,
erosões e muito buraco.
Reportagem completa em: - http://g1.globo.com/mato-grosso/blog-rumo-ao-porto/platb/
Fonte: G1
Fonte: G1
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