Como todo ano, segue matéria sobre a logística por trás de Fórmula 1..... Vale a pena ler!!
Do momento em que as luzes vermelhas se apagam e os 24 carros de
corrida aceleram na pista de Interlagos até a bandeirada para o primeiro
colocado, o público acompanha a velocidade e a habilidade de pilotos de
diversas nacionalidades e equipes da Fórmula 1. O que foge do seu campo
de visão, no entanto, é a operação logística montada para garantir a
chegada dos equipamentos com segurança e em tempo hábil para o Grande
Prêmio.
No Brasil - único país onde há uma operadora local para esse tipo de
serviço -, a empresa Célere de intralogística executa todo o transporte
de equipamentos e materiais, bem como a movimentação interna em
Interlagos, em São Paulo. Carregada em aviões ou navios, a carga chega
no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) - oriunda do local do GP
anterior, em Austin, nos EUA -, ou pelos portos de Santos ou do Rio de
Janeiro. O restante do trajeto é efetuado por 120 caminhões preparados
para cada tipo de carga, com o auxílio de 60 empilhadeiras para
descarregar o material. Ao todo, cerca de 350 pessoas atuam no processo.
A execução dura aproximadamente duas semanas - para o GP do Brasil
deste final de semana, a Célere está operando em Interlagos desde o dia
15 de novembro. Mas o planejamento começa bem mais cedo. Um dos
coordenadores, Guilherme Osório, CEO do Grupo Movicarga (do qual a
Célere faz parte), explica que a Formula One Management (FOM),
instituição que gerencia a Fórmula 1 no mundo, repassa regras e
orientações e discute eventuais alterações em reuniões que ocorrem a
partir de março e abril, meses antes do GP. "Cada ano muda o nível de
exigência", diz Osório.
Os equipamentos já vêm preparados para embarque e desembarque. Osório
comenta que a principal dificuldade é o curto intervalo disponível para
cumprir o processo. "Não há chance para erro. O tempo é crítico",
observa. O coordenador afirma, contudo, que imprevistos acontecem. Neste
ano, por exemplo, seis aviões cargueiros que chegariam a Viracopos com
material da Fórmula 1 atrasaram. "O primeiro, que trazia a documentação
de todos os outros, chegou em terceiro", conta. Com duas aeronaves
paradas na pista sem poder descarregar, a equipe da Célere teve de
repensar todo o planejamento. "Uma operação que leva normalmente cinco
horas demorou entre 12 e 14 horas para acontecer", explica.
Segundo Osório, a Célere e o Grupo Movicarga realizam a logística da
Fórmula 1 há 21 anos. Durante o GP, a equipe também atua, dando
assistência quando é necessário movimentar algum tipo de carga em
Interlagos. Após a competição, os materiais são recolhidos e embarcados
novamente. Osório detalha que os aviões costumam ser despachados na
segunda-feira após o evento, e os navios, na quarta-feira. Ao todo, são
transportadas mais de mil toneladas de carros, motores, pneus e outros
equipamentos necessários à competição da principal categoria do
automobilismo mundial.
Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
0 comentários:
Postar um comentário