No
maior lixão de eletroeletrônicos do mundo, em Gana na Africa, materiais
eletroeletrônicos descartados pelos países ricos viram meio de
sobrevivência para milhares de pessoas. As pessoas que manuseiam estes
resíduos, são chamados de "garimpeiros do lixo", os quais buscam
tesouros como ouro, prata e cobre escondidos no entulho, no entanto o
fazem sem a utilização de equipamentos individuais de proteção (EPIs) e
sem controle algum do impacto ambiental. Este manuseio inadequado
ocasiona a contaminação das pessoas que trabalham com estes resíduos e
pode gerar câncer, problemas na reprodução, entre outros. Além da
contaminação da população, os rebanhos de bovinos e outros animais que
fornecem a alimentação para a população também são contaminados.
Estes
materiais chegam até o Porto de Gana como doação, vinda de países da
Europa, EUA, Canadá, entre outros, no entanto apenas 10% chegam com
condições de funcionamento; outros 10% são remanufaturados e 80% sem
condições de uso, sendo assim descartados no lixão. Fato este
incentivado pela falta de legislações ambientais restritivas no país.
Cabe ressaltar que a exportação de lixo entre países não é permitida por
convenções internacionais, porém, tendo em vista que no documento de
importação estes resíduos são descritos como equipamentos
eletroeletrônicos com condições de uso, doados para populações carentes,
este fato se repete em países como África, China e Índia.
É
uma situação complicada, pois se por um lado, o impacto ambiental é
lastimável, esta é também a única forma da população ter acesso a este
tipo de tecnologia e gerar renda com a venda dos metais preciosos
constantes nos resíduos.
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Por: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade
Fonte do vídeo: Rede Record
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