A malha ferroviária brasileira está
crescendo. Os últimos investimentos da segunda fase do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 2) é a prova de que a infraestrutura
logística das ferrovias irá alcançar os padrões de qualidade e de
integração de países como Estados Unidos e União Europeia. Para isso, o
Brasil precisa modernizar sua infraestrutura investindo em um sistema
integrado de sinalização e comunicação, segundo o ministro dos
Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Interoperabilidade
O diretor da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, falou sobra a situação
distinta das ferrovias brasileiras e os obstáculos para a padronização,
já que a maioria das linhas ainda é coberta por sistemas analógicos.
“Hoje o Brasil tem uma característica única. Temos ferrovias de classe
mundial e de classe arcaica. A dificuldade para padronizar é grande,
pois há uma grande variedade de sistemas, tecnologia e soluções de
telecomunicação.”
De acordo com Bastos, um sistema único
de sinalização e comunicação reduziria custos no setor, proporcionando
interoperabilidade e a operação de trens de carga e de passageiros na
mesma infraestrutura. Essa mudança seria positiva tanto para as
concessionárias quanto para os transportadores. Além disso, os
equipamentos padronizados proporcionariam mais segurança, aumento da
velocidade média e da capacidade efetiva.
Para dar início a modernização do
sistema, o diretor da ANTT aponta alguns pontos iniciais, como a criação
de uma política para a instalação de fibras ópticas ao longo da malha
ferroviária, a alocação de frequências pela Anatel e o projeto de
interoperabilidade e padronização das ferrovias.
Desafios
Apesar dos diversos investimentos do
Governo Federal e das concessionárias no modal ferroviário, o secretário
nacional de Política de Transportes do Ministério dos Transportes,
Marcelo Perrupato, falou sobre os desafios das ferrovias. “O Brasil tem
uma estrutura e logística do século XX e temos que pensar em ferrovias
do século presente. Estamos em um processo ininterrupto de integrar
tecnologias.”
Perrupato é otimista com relação ao
desenvolvimento das ferrovias no país. “Está claro que o país preferiu
investir mais na infraestrutura ferroviária a aquaviária. As nossas
metas para a matriz ferroviária serão facilmente alcançadas, já que até
2023 deveria corresponder a 35% da matriz de transporte, e hoje já
corresponde a 30%”, explicou.
Fonte: Agência T1
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