A falta de ferrovias é um atestado de burrice estratégica de uma
sucessão de governos. Um país de dimensões continentais, com distâncias
de até quatro mil quilômetros, não ter trem é algo incompreensível,
concentrar-se no transporte a conta-gotas, sobre pneus. Um país tão rico
que se dá ao luxo de jogar trens e ferrovias no lixo.
Justamente o trem que falta para o país transportar sua riqueza maior, que são as pessoas, mas também as demais riquezas, as que vêm da terra e das fábricas. Quando começou a opção rodoviária, para estimular a indústria automobilística, também começou a decadência da ferrovia. E se esvaziaram as estações ferroviárias, tão populares que eram chamadas apenas de estações.
Nas cidades européias, a estação de trem, acessível dentro do centro urbano, é o principal lugar de entrada e saída. Aqui, as estações ou foram demolidas ou viraram ruínas e umas poucas se converteram em centros culturais ou museus de um passado mais racional que o presente.
O último trem é testemunho de um transporte seguro, confortável, divertido, embora com a lentidão do passado. O último trem ‘bão’ tinha que ser de Minas. Que ele seja a semente de uma ressurreição, porque o trem não será concorrente do ônibus ou do avião, mas um alívio para aeroportos e estradas abarrotados. Como tudo no país da imprevisão, é preciso chegar ao último trem, ao fundo do poço, para depois tentar se levantar, quando fica bem difícil.
Assista no link a entrevista de Alexandre Garcia: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/11/falta-de-ferrovias-e-um-atestado-de-burrice-afirma-alexandre-garcia.html
Fonte: G1
Justamente o trem que falta para o país transportar sua riqueza maior, que são as pessoas, mas também as demais riquezas, as que vêm da terra e das fábricas. Quando começou a opção rodoviária, para estimular a indústria automobilística, também começou a decadência da ferrovia. E se esvaziaram as estações ferroviárias, tão populares que eram chamadas apenas de estações.
Nas cidades européias, a estação de trem, acessível dentro do centro urbano, é o principal lugar de entrada e saída. Aqui, as estações ou foram demolidas ou viraram ruínas e umas poucas se converteram em centros culturais ou museus de um passado mais racional que o presente.
O último trem é testemunho de um transporte seguro, confortável, divertido, embora com a lentidão do passado. O último trem ‘bão’ tinha que ser de Minas. Que ele seja a semente de uma ressurreição, porque o trem não será concorrente do ônibus ou do avião, mas um alívio para aeroportos e estradas abarrotados. Como tudo no país da imprevisão, é preciso chegar ao último trem, ao fundo do poço, para depois tentar se levantar, quando fica bem difícil.
Assista no link a entrevista de Alexandre Garcia: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/11/falta-de-ferrovias-e-um-atestado-de-burrice-afirma-alexandre-garcia.html
Fonte: G1
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