Logística & Meio Ambiente - Sustentabilidade ganha espaço nos segmentos de transporte e logística

A conteceu na capital paulista, na sede da Fecomércio – Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, em maio último, a primeira edição da Conferência Eco Transporte e Logística, promovida pela NTC&Logística e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado.
A realização do evento no Brasil foi uma iniciativa para que as discussões sobre sustenta-bilidade, em voga na Europa, pudessem ser trazidas ao país, contribuindo para o desenvolvimento das empresas locais. Em fevereiro deste ano, a edição da conferência no Velho Continente ocorreu em Paris, em paralelo à SITL – Semana Internacional de Transporte e Logística.
Com o propósito de apresentar e discutir tecnologias, práticas e tendências sustentáveis na logística e em todos os modais de transporte, a edição brasileira do evento – que recebeu em torno de 230 profissionais – reuniu especialistas que abordaram de legislação ambiental a soluções e iniciativas de destaque no mercado.
José Geraldo Vantine, presidente da Vantine Solutions, que fez as vezes de mestre de cerimônias apresentando todos os palestrantes, foi o primeiro a falar e iniciou a conferência destacando que sustentabilidade é um tema que suscita muita discussão. “É algo relativamente novo e tudo que é novo é controverso”, afirmou, comentando que o tema pode ser tratado como ciência, algo técnico ou como uma filosofia de vida.
De acordo com ele, a sustentabilidade na cadeia de transportes e na logística é algo ainda distante. Com base em sua vivência no mercado, o especialista foi categórico ao dizer que o grau de preocupação dos embarcadores quanto à emissão de gases de efeito estufa é praticamente zero. “Espero que a conferência ajude a modificar essa visão”, ponderou, para então chamar o primeiro palestrante, o advogado ambiental Marcos Gallão, mestre em direito ambiental brasileiro e com MBA em logística de transportes.
Aspecto legal
Consultor da Associquim – Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos, o especialista redefiniu o conceito da palavra ‘transportar’. “Não é só levar do ponto A ao B. É preciso ter qualidade, segurança e respeito ao meio ambiente e à sociedade. Há um bom tempo a preocupação deixou de ser apenas com rotas. A questão ambiental reflete nos custos, na imagem e na credibilidade das empresas”, explicou.
O advogado reconheceu que é impossível o meio produtivo não causar impactos ao meio ambiente, mas ressaltou que o grande desafio é exatamente minimizar esse impacto e assumir responsabilidades. “Tornamos-nos coletivamente responsáveis pelo futuro da humanidade”, apontou, já introduzindo aos espectadores alguns aspectos da Lei Ambiental Brasileira que, a partir de 1981, alterou o princípio de que só “pagava o pato” quem fosse culpado por alguma infração.
Desde então, a responsabilidade indireta também passou a ser punida. Transportando esse conceito para a logística, significa que toda a cadeia envolvida – embarcador, operador, transportador, destinatário, etc. – é responsabilizada em caso de alguma infração, acidente ou o que seja, que cause danos ao meio ambiente e à sociedade.
Por isso, Gallão aconselhou que o responsável por um negócio deve conhecer todos os riscos inerentes a ele e arcar com qualquer dano causado por sua atividade, independente da ausência de culpa. “É fundamental que as empresas invistam na gestão de riscos ambientais, visando à prevenção de todas as ordens, seja em manutenções, treinamentos ou outros aspectos”, comentou.
Rodovias
Na sequência, dando início às apresentações relacionadas aos modais de transporte, o assessor de sustentabilidade da Ecorodovias, Artaet Martins, falou sobre o projeto de gestão ambiental adotado pela empresa na Rodovia Imigrantes, que liga a cidade de São Paulo ao litoral paulista, passando por oito municípios. “Tivemos que atender a mais de 200 leis, condizentes com as esferas municipais, estadual e federal”, revelou.

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Fonte: ANTF


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