Sexta-feira, partiu o primeiro navio-frete procedente do porto de Itaya, na Amazônia equatoriana, rumo ao porto fronteiriço de Tabatinga, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Equador, informou à Agência Efe o vice-ministro de Gestão de Transporte equatoriano, David Mejía.
A embarcação levou cimento, aço e peças têxteis. Segundo Mejía, será “um símbolo” e uma prova de que o Equador está preparado para “ativar o comércio internacional” e de que o rio Napo, que cruza grande parte da Amazônia equatoriana e peruana, “é navegável”.
Apesar deste primeiro passo, Mejía indicou que as obra de infraestrutura e a normativa para condicionar toda a via fluvial da rota Manta-Manaus só ficarão prontas em meados de 2012.
Por outro lado, continuam os trabalhos para acondicionar as vias terrestres para unir o Napo ao porto de Manta, através do qual as exportações e importações brasileiras poderiam ter acesso à Ásia evitando passar pelo Canal do Panamá.
Juan Auz, assessor da Fundação Pachamama, explicou que, próximo ao rio Napo, vivem tribos indígenas kichwa e disse temer que a construção da hidrovia possa ter um “impacto cultural muito grande”, assim como afetar a mobilidade das comunidades, pois elas se deslocam principalmente pelo rio.
Além disso, ele destacou que o projeto pode afetar a “segurança alimentar” dos moradores locais, pois o barulho e a poluição dos navios, bem como a pesca feita por pessoas estrangeiras e pelos marinheiros, podem criar “uma forte pressão dos recursos naturais”, essenciais para a sobrevivência dos indígenas.
Mejía pensa diferente. Ele ressaltou que uma das prioridades do Governo de Quito é potencializar o desenvolvimento social da região, com a melhora da mobilidade dos habitantes e de seu modo de vida.
Segundo ele, o Executivo quer estimular os “empreendimentos locais” com o aumento de “projetos de ecoturismo ou que se possam conectar com o desenvolvimento da hidrovia”.
Apesar da inauguração deste trecho da via fluvial, Mejía enfatizou que ainda restam algumas obras de infraestrutura, como melhorias no porto fluvial da Providência, na província de Sucumbíos, que será o principal ponto de saída e entrada para o Equador.
Mejía indicou que foram realizados estudos sobre o desenho e impacto ambiental desse porto, para minimizá-lo.
Em outro plano, ele ressaltou que, até o final do ano, haverá uma normativa que irá representar “o grande marco de ação” e que contemplará aspectos como o regulamente na sinalização da hidrovia, o dragado, o leito, a manutenção do rio e sua limpeza.
Ao mesmo tempo, o Equador também está melhorando as obras de infraestrutura do porto de Manta, no qual serão investidos US$ 373 milhões nos próximos anos, assim como seu aeroporto, para agilizar os vínculos com a Ásia.
O objetivo é que o Eixo Multimodal Manta-Manaus se transforme em uma alternativa a outras vias marítimas - como o Canal do Panamá -, o que economizará tempo e custo às transportadoras sul-americanas que transportarem suas mercadorias dentro da região ou para a Ásia, concluiu Mejía.
Fonte: Agência EFE e Agência T1
A embarcação levou cimento, aço e peças têxteis. Segundo Mejía, será “um símbolo” e uma prova de que o Equador está preparado para “ativar o comércio internacional” e de que o rio Napo, que cruza grande parte da Amazônia equatoriana e peruana, “é navegável”.
Apesar deste primeiro passo, Mejía indicou que as obra de infraestrutura e a normativa para condicionar toda a via fluvial da rota Manta-Manaus só ficarão prontas em meados de 2012.
Por outro lado, continuam os trabalhos para acondicionar as vias terrestres para unir o Napo ao porto de Manta, através do qual as exportações e importações brasileiras poderiam ter acesso à Ásia evitando passar pelo Canal do Panamá.
Juan Auz, assessor da Fundação Pachamama, explicou que, próximo ao rio Napo, vivem tribos indígenas kichwa e disse temer que a construção da hidrovia possa ter um “impacto cultural muito grande”, assim como afetar a mobilidade das comunidades, pois elas se deslocam principalmente pelo rio.
Além disso, ele destacou que o projeto pode afetar a “segurança alimentar” dos moradores locais, pois o barulho e a poluição dos navios, bem como a pesca feita por pessoas estrangeiras e pelos marinheiros, podem criar “uma forte pressão dos recursos naturais”, essenciais para a sobrevivência dos indígenas.
Mejía pensa diferente. Ele ressaltou que uma das prioridades do Governo de Quito é potencializar o desenvolvimento social da região, com a melhora da mobilidade dos habitantes e de seu modo de vida.
Segundo ele, o Executivo quer estimular os “empreendimentos locais” com o aumento de “projetos de ecoturismo ou que se possam conectar com o desenvolvimento da hidrovia”.
Apesar da inauguração deste trecho da via fluvial, Mejía enfatizou que ainda restam algumas obras de infraestrutura, como melhorias no porto fluvial da Providência, na província de Sucumbíos, que será o principal ponto de saída e entrada para o Equador.
Mejía indicou que foram realizados estudos sobre o desenho e impacto ambiental desse porto, para minimizá-lo.
Em outro plano, ele ressaltou que, até o final do ano, haverá uma normativa que irá representar “o grande marco de ação” e que contemplará aspectos como o regulamente na sinalização da hidrovia, o dragado, o leito, a manutenção do rio e sua limpeza.
Ao mesmo tempo, o Equador também está melhorando as obras de infraestrutura do porto de Manta, no qual serão investidos US$ 373 milhões nos próximos anos, assim como seu aeroporto, para agilizar os vínculos com a Ásia.
O objetivo é que o Eixo Multimodal Manta-Manaus se transforme em uma alternativa a outras vias marítimas - como o Canal do Panamá -, o que economizará tempo e custo às transportadoras sul-americanas que transportarem suas mercadorias dentro da região ou para a Ásia, concluiu Mejía.
Fonte: Agência EFE e Agência T1
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