TAM, hidrovias e sindicatos

Se não for “discurso para inglês ver”, como diz sábio ditado popular, resta acreditar nas palavras do diretor Aquaviário do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão ligado ao Ministério dos Transportes. Herbert Drummond anunciou que, nos próximos quatro anos, R$ 3 bilhões devem ser investidos em hidrovias. “Os rios são a bola da vez do transporte brasileiro”.

Cofres abertos
Já Marcelo Perrupato, secretário de Política Nacional de Transportes do mesmo ministério, revelou que existem R$ 126 milhões disponíveis para investimento na Hidrovia Paraguai-Paraná.

Esperar sentado
Como alegria de pobre dura pouco, apesar do dinheiro “disponível”, as obras na hidrovia ainda demoram a sair do papel. Talvez comecem no final de 2012 e se estendam até 2014. Quem traz a triste notícia é a jornalista Caroline Aguiar, que acompanhou o seminário Hidrovia Paraguai-Paraná realizado nesta quinta-feira (19), na Câmara dos Deputados.

Miopia logística
O diretor da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso (FIEMT), Alexandre Schutze, presente ao seminário, observa que o Brasil está de costas para o mercado latino e que o transporte de carga via hidrovias é uma forma de estar de frente para mercados como Argentina, Paraguai e Uruguai.

A esperança é a última que...
Para breve, espera-se o anúncio do Programa Nacional Hidroviário pela própria presidenta Dilma Rousseff, que deve conter sete eixos e abrangerá todas as bacias hidrográficas do País. Será que a Baixada Santista, região que abriga o Porto de Santos e abençoada por muitos rios, estará nesse programa?

Chuva no molhado
Desperdício de tempo, talento e dinheiro parece não preocupar o presidente da Autoridade Portuária do Porto de Santos, José Roberto Serra. Ele anuncia a realização de estudos sobre a viabilidade da construção de um túnel para a travessia a seco entre as duas margens do estuário santista, apesar de já existir tal estudo desde a época da administração de Marcelo Azevedo, ex-presidente do porto.

Pesadelo
O deputado federal Protógenes Queiroz, do PCdoB de São Paulo, articula sua candidatura a prefeito de Guarujá, município onde se situa o terminal da Santos-Brasil, do banqueiro indiciado Daniel Dantas.

Pelas estradas da vida
A senadora petista Gleisi Hoffmann, do Paraná, quer colocar o Tribunal de Contas da União (TCU) no pé do governador tucano Beto Richa, pedindo para que o tribunal investigue os contratos entre o governo do estado e as concessionárias de pedágio que atuam no Paraná, especificamente sobre o item da Taxa Interna de Retorno. Melhor seria que tal medida fosse adotada em todos os estados.

Carroça aérea
Pela lógica do vice-presidente Comercial da TAM, Paulo Cezar Castello Branco, só tem conforto nos voos da TAM quem paga a chamada “taxa de conforto”.

Exclusão social
Para o deputado César Halum, do PPS de Tocantins, que diz já ter sido expulso de uma cadeira conforto, a poltrona, na verdade, é a saída de emergência da aeronave. “A companhia é que tem que me pagar para sentar ali”, afirmou.

União faz a força
A pergunta que não quer calar no mundo sindical portuário: por que é tão difícil os sindicatos dos portos se unificarem? Em Angra dos Reis, conforme reportagem do Portogente, os portuários, unidos, assinaram acordo de piso mensal e a multifuncionalidade plena.

Pra chamar de meu
Dizem que há muita vaidade em jogo, o que não permite dirigentes abandonarem o posto de presidente do “seu” sindicato.

Cadeira cativa
No maior porto do Hemisfério Sul, o de Santos, desde 1993 tenta-se unificar os sindicatos. Sem sucesso.

A Deus dará
Enquanto isso, as lideranças se afastam cada vez mais da base e os Órgãos Gestor de Mão de Obra (Ogmos), em sua maioria, falham na qualificação adequada aos portuários.

Fontes: ANTF e Porto Gente

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