TRC americano comemora queda de acidentes no país

De acordo com os dados levantados pelo ICF – Instituto Cuidando do Futuro, vinculado à Pamcary, de São Paulo, Minas retomou a indesejada liderança nacional no número de acidentes rodoviários envolvendo caminhões, com 22% em ocorrências e vítimas. Em apuração anterior a ‘taça’ estava com as empresas paulistas. A atualização de 2010 espelha as viagens e sinistros atendidos pela Pamcary, tendo por base o total de eventos ocorrido no país.
A Fetcemg (federação das transportadoras mineiras), inconformada, vem somando esforços com o ICF para alterar o quadro, orientando-se pela tática de convencimento ao patronato. “É preciso sair da zona de conforto”, diz o seu presidente Vander Costa. Ao mesmo tempo, ele acha que os resultados podem vir também com ações de baixo custo.
Enfim, o balanço espera por dias melhores. Ao contrário do que acontece nos EUA. Na primeira quinzena de abril, a ATA (associação das empresas de carga de lá) fez um festão para brindar a queda de 14% em acidentes rodoviários com mortes, envolvendo caminhões. O comparativo joga 2009 contra 2008, baseado nos registros da NHTSA (administração nacional de segurança de tráfego rodoviário, em inglês).
Como divulgado, houve 3.380 mortes em 2.987 sinistros, havendo caminhões no meio. Isto em 2009. No ano anterior, o apurado iguala a 4.245 fatais em 3.754 eventos com cargueiros. Para não parecer cálculo marretado, outro órgão americano, a FHWA (administração da malha federal, em inglês) totalizou a andação dos caminhões. Esta ultrapassou os 463 bilhões de quilômetros, em 2009, ante mais de 500 bilhões em 2008. Ainda repercutindo as contas da FHWA, aparece 1,17 morte por 160 milhões de quilômetros viajados, diminuindo em relação a 1,37 vitima fatal pela mesma distância, referente a 2008.
“Este não é um pequeno declínio” destacou Bill Graves, presidente da ATA. “Os números fazem de 2009 o ano mais seguro para o nosso setor”, afirma. Imediatamente, Graves mandou um recado para os legisladores em Washington, já que eles estudam alterações do tempo – para menos – de direção. “Eu penso que a apuração [dos 14%] constitui exemplo contundente de que as atuais regras das HOS (horas de serviço ao volante) estão adequadas”, reforça Graves.
Na mesma toada, ele tira as HOS do foco e menciona as ‘razões de fato’ para a queda das mortes em acidentes com caminhões envolvidos e ‘grifa’ algumas delas: treinamento dos motoristas; imposição de auto-limite na velocidade estradeira; além dos dispositivos eletrônicos de segurança, embarcados nos veículos. Dos últimos, alguns foram realçados, como de comprovada eficiência. Controladores de estabilidade (roll stability), alertas de saída de faixa na pista e sistemas de prevenção a colisões estão entre eles.

Fonte: Revista Carga Pesada

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