Rodoanel de SP tem leilão para pedágios e obra

Vencedor da licitação para exploração de pedágio do trecho sul, já concluído, terá o direito de construir o trecho leste da obra [...]
O governo do Estado de São Paulo realiza nesta quinta-feira, 4, na capital paulista, o leilão dos trechos sul e leste do Rodoanel. Estarão em jogo 103,7 quilômetros (km) de rodovias, que representarão investimentos de R$ 5 bilhões durante os 35 anos do contrato de concessão, sendo 80% desse montante aplicado nos primeiros quatro anos.
O vencedor terá de construir o trecho leste em até 36 meses e ampliar os serviços prestados aos usuários do trecho sul, já concluído e em operação. De acordo com o edital de licitação, será considerado vencedor quem oferecer a menor tarifa para construir e operar o Rodoanel. No trecho sul, cuja extensão é de 61,4 km, a tarifa-teto será de R$ 6. Já no leste, de 42,3 km, será de R$ 4,5. Além disso, a concessionária vencedora terá de pagar uma outorga de R$ 370 milhões.
Como ocorreu no leilão das rodovias estaduais, em setembro de 2008, a disputa obedecerá ao regime de fases reversas. Primeiro abre-se os envelopes com as propostas financeiras e apenas depois a Agência Reguladora do Estado de São Paulo (Artesp) faz a qualificação das empresas. Qualquer incorreção, falta de documentos ou garantias pode comprometer e desclassificar a empresa.
BNDES
O vencedor dos dois trechos do Rodoanel terá à disposição uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se manifestou na semana passada sobre uma consulta feita pelo governo paulista. De acordo com ofício enviado ao secretário de Economia e Planejamento do Estado, Francisco Vidal Luna, a instituição se compromete a financiar até 70% do volume de investimento.
Até ontem à noite, os potenciais interessados nos trechos do Rodoanel não confirmaram participação na disputa. A maioria dos dirigentes ficou fechada em reunião para avaliar as propostas mais viáveis. Procuradas, CCR, Ecorodovias e OHL não souberam responder se participariam ou não do leilão hoje.
De acordo com analistas, questões ambientais e custos decorrentes das desapropriações, que ficarão a cargo das empresas, são os pontos mais delicados de todo o empreendimento. A expectativa dos bancos de investimentos que acompanharam e analisaram o processo é que a licitação contaria com um número reduzido de competidores por causa desses fatores. Do total de R$ 5 bilhões em investimentos previstos para os trechos, o processo de desapropriação deverá consumir em torno de R$ 1,1 bilhão.

Fonte: O Estado de São Paulo

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