Safra recorde revela a falta de espaço para armazenagem correta dos produtos e atravanca o desenvolvimento

“Na primavera, quando as quase 3 milhões de toneladas de trigo plantadas no Paraná começarem a ser colhidas, corre-se o risco de simplesmente não existir onde colocar toda essa produção”. A preocupação foi estampada pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep) em seu Boletim Informativo da última semana de junho e mostra um problema sério na capacidade de armazenagem do Estado, já exposto durante a colheita da safra de grãos.
O Paraná tem a maior rede de armazenagens do Pais, com capacidade estática de 25,5 milhões de toneladas. A questão, segundo o engenheiro agrônomo Nilson Hanke Camargo, da Assessoria Técnica e Econômica da Faep, é que parte desses armazéns não tem qualidade suficiente para receber determinados produtos, principalmente na região Norte,onde armazéns de café foram adaptados. De acordo com o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento no Paraná (Conab), Lafaete Jacomel, 20% das unidades estão nessa categoria. Com isso, a capacidade de armazenagem cai para 20,8 milhões de toneladas.
A falta de espaço para armazenagem se agravou esse ano porque as safras atuais encontraram os armazéns abarrotados com milho, trigo e soja das safras passadas e ainda não comercializados. A solução, para agricultores e cooperativas, foi improvisar colocando o produto em pátios debaixo de lonas.

Fonte: Revista Crea-PR

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